Paulo Cupertino irá a júri popular por assassinato do ator Rafael Miguel
Ele é acusado de matar o ator de Chiquititas e os pais dele, por não aceitar o relacionamento de Rafael Miguel com a filha
O empresário Paulo Cupertino Matias, acusado de matar o ator Rafael Miguel e os pais em 2019, irá a júri popular. A decisão, de 5 de abril, é da 1ª Vara do Júri da Capital, segundo informado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) ao Terra. O processo tramita em segredo de justiça.
De acordo com o TJ-SP, ainda cabe recurso das partes. Por esse motivo, não há data definida para o julgamento de Cupertino.
O empresário foi preso em maio de 2022, em São Paulo, pela Polícia Civil. Antes de ser detido, ele era procurado havia quase três anos por matar Rafael Miguel e os pais dele, por não aceitar o relacionamento do ator com a filha. Cupertino era considerado pelas autoridades como o criminoso foragido mais perigoso de São Paulo.
A prisão do empresário foi feita por policiais da 6ª Delegacia Seccional, que encaminharam o então foragido ao 98º Distrito Policial, no bairro Jardim Miriam, na Zona Sul de São Paulo. À época, a equipe recebeu uma informação, de fonte anônima, de que Cupertino estava na capital paulista.
Paulo Cupertino chegou a ser incluído na Difusão Vermelha da Interpol e seu nome era o primeiro da lista dos criminosos mais perigosos e procurados de São Paulo.
Relembre o caso
O ator Rafael Miguel, de 22 anos, ficou conhecido ainda criança por seu papel em Chiquititas (2013) e em comerciais. Ele e seus pais, João Alcisio Miguel, de 52, e Miriam Selma Miguel, de 50, foram mortos a tiros em 9 de junho de 2019, na frente da casa da namorada de Rafael, Isabela Tibcherani, pelo pai dela.
Conforme a denúncia do Ministério Público à Justiça, o empresário Paulo Cupertino matou a família por não aceitar o namoro entre os dois jovens. Logo após o crime, Cupertino fugiu e não foi encontrado pela polícia.
Ele se tornou réu por triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e com recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Outros dois amigos, que ajudaram a escondê-lo ao longo destes anos, também foram denunciados.