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PF avalia levar ao STF três propostas de delação premiada; entenda

Negociações ocorreram no âmbito do inquérito que investiga o uso da PRF para dificultar o trânsito de eleitores de Lula nas eleições de 22

8 jun 2024 - 09h32
(atualizado às 09h34)
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Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques reprovou na segunda fase do exame da OAB
Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques reprovou na segunda fase do exame da OAB
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão

A Polícia Federal (PF) considera levar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a proposta de homologação de três acordos de delação premiada apresentados por investigados. As negociações ocorreram no âmbito do inquérito que investiga o uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para dificultar o trânsito de eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva no dia da votação do segundo turno de 2022, especialmente no Nordeste, reduto eleitoral do petista. As informações são do jornal O Globo. 

Os investigadores já concluíram todas as diligências do caso e a investigação deve ser encerrada em cerca de 30 dias. Agora, a PF avalia se é necessário incluir as delações premiadas no inquérito e quais benefícios elas poderiam trazer à investigação, considerando que já existem outros elementos robustos sobre o caso.

Caso a Polícia Federal opte por não submeter ao ministro Alexandre de Moraes as três propostas de delação, os investigados enfrentarão os processos pelos crimes dos quais são acusados sem os benefícios dos acordos. A expectativa é de que o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, será um dos indiciados.

Do primeiro para o segundo turno das eleições, a PRF multiplicou por até nove o número de ônibus fiscalizados em Estados do Nordeste, região em que o presidente eleito Lula teve maior votação. Além disso, o aumento no controle de coletivos durante o pleito chegou ao triplo do registrado nacionalmente, segundo dados sigilosos do órgão obtidos pelo Estadão.

As informações serão apuradas pelo Ministério Público Federal, que vai investigar se a PRF foi usada por grupo que agiria na cúpula do órgão para dificultar votos em áreas predominantemente petistas. A fiscalização de transporte público chegou a ser proibida pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, no domingo passado.

Fonte: Redação Terra
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