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Levantamento mostra aumento de suicídios entre adolescentes

O estudo mostra que, em 2022, a chance de suicídio entre jovens de 10 a 19 anos foi 21% maior em comparação com os jovens adultos

19 set 2024 - 22h50
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Um estudo recente, realizado pela Fiocruz e divulgado com exclusividade pelo g1, traz dados alarmantes sobre o aumento de suicídios entre adolescentes no Brasil. O levantamento, que analisa o período de 2000 a 2022, revela que o suicídio tem se tornado uma causa de morte cada vez mais frequente entre os jovens de 10 a 19 anos.

De acordo com Raphael Guimarães, um dos autores do estudo, o aumento das taxas de suicídio entre adolescentes pode ser atribuído a várias questões contemporâneas
De acordo com Raphael Guimarães, um dos autores do estudo, o aumento das taxas de suicídio entre adolescentes pode ser atribuído a várias questões contemporâneas
Foto: depositphotos.com / NatashaFedorova / Perfil Brasil

De acordo com os pesquisadores, enquanto historicamente as taxas de suicídio entre adolescentes eram menores do que entre jovens adultos, essa tendência tem mudado. A probabilidade de suicídio nos dois grupos se igualou em 2019 e, desde então, os adolescentes passaram a apresentar uma taxa superior.

O estudo mostra que, em 2022, a chance de suicídio entre jovens de 10 a 19 anos foi 21% maior em comparação com os jovens adultos. Essa mudança significativa ocorreu durante o período da pandemia de Covid-19, destacando um contexto agravado pela crise sanitária, econômica e social.

Durante o intervalo de 22 anos analisados, o suicídio representou uma média de 4,02% das mortes de jovens entre 10 e 29 anos. No caso de adolescentes, esse índice foi de 3,63%, enquanto para jovens adultos, foi de 4,21%. Entre adultos com 30 anos ou mais, a taxa foi significativamente menor, perfazendo 0,68% das mortes.

Quais são as causas desse crescimento de suicídios entre adolescentes?

De acordo com Raphael Guimarães, um dos autores do estudo, o aumento das taxas de suicídio entre adolescentes pode ser atribuído a várias questões contemporâneas. Guimarães aponta para a falta de perspectivas de futuro como uma das principais causas.

  • Questões econômicas e sociais
  • Incertezas sobre o futuro a longo prazo
  • Desemprego e fluidez do mercado de trabalho
  • Formação profissional

Todas essas questões pesam significativamente na mente de um adolescente e devem ser tratadas como eventos sociais, não biológicos, segundo Guimarães.

Como as políticas públicas podem ajudar suicídios entre adolescentes?

Atualmente, as políticas nacionais voltadas para adolescentes estão incluídas em um conjunto que também abrange as crianças. No entanto, dado o aumento do número de adolescentes no país, há uma necessidade urgente de focar especificamente esse grupo nas estratégias de saúde pública.

Para Guimarães, é crucial consolidar uma linha de cuidado com estratégias de prevenção para adolescentes. Ele defende que o foco das políticas públicas deve ser na promoção da saúde mental e na criação de planos de ação que abordem as múltiplas dimensões que influenciam o bem-estar dos jovens.

Suicídio: existe algum sinal?

Muitos pais e responsáveis se perguntam se existem sinais de alerta que possam indicar a possibilidade de suicídio. É essencial observar mudanças no comportamento, como isolamento social, perda de interesse em atividades antes apreciadas e alterações no sono e apetite. Conversar abertamente sobre o tema, oferecer apoio emocional e buscar ajuda profissional são passos fundamentais para a prevenção.

Principais Sinais de Alerta:

  1. Isolamento social
  2. Perda de interesse por atividades
  3. Mudanças nos padrões de sono e apetite
  4. Expressões de desesperança ou falta de perspectiva de futuro
  5. Comportamento autodestrutivo ou de automutilação
Perfil Brasil
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