Lewandowski afasta direção do presídio de Mossoró e nomeia interventor
A medida foi tomada nesta quarta-feira (14) após a fuga de dois presos da unidade prisional de segurança máxima
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, determinou o afastamento imediato da atual direção da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A medida foi tomada após a fuga de dois presos da unidade, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento. Lewandowski nomeou o policial penal federal Carlos Luis Vieira como interventor.
A princípio, o sistema penitenciário federal nunca havia registrado uma fuga. Além de Mossoró, há presídios de segurança máxima em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF).
A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) planeja estabelecer um comitê de emergência com representantes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do sistema de segurança do estado do Rio Grande do Norte.
Além de mobilizar equipes operacionais, o governo do Rio Grande do Norte disponibilizou uma aeronave para ajudar nas buscas, uma vez que o presídio está localizado em uma região rural, cerca de 15 quilômetros do centro de Mossoró.
Medidas adicionais de Lewandowski
Ricardo Lewandowski adotou outras medidas adicionais. Em primeiro lugar, ele determinou a ida do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a Mossoró, acompanhado de uma equipe de seis servidores.
Também acionou a Direção-Geral da Polícia Federal para abertura de investigações e o deslocamento de uma equipe de peritos ao local, com objetivo de apurar responsabilidades e de atuar na recaptura dos dois fugitivos. Segundo a Senappen, a ação que já conta com o engajamento de mais de 100 agentes federais.
Lewandowski ordenou a mobilização das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que congregam as polícias federais e estaduais nas ações de repressão da criminalidade organizada, para colaborarem com os esforços de localização e prisão dos foragidos.
Ele instruiu que a Polícia Federal incluísse os nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol e no Sistema de Proteção de Fronteiras.
O ministro também mobilizou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para realizar o monitoramento das rodovias em busca dos fugitivos. Além disso, ele ordenou a revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais.
* Matéria publicada com supervisão de Ricardo Parra.