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Licença por infelicidade: inovação no bem-estar corporativo

Rede de supermercados na China adotou jornada de trabalho mais curta e reservou dez dias extras de folga por ano para funcionários

1 out 2024 - 08h55
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Yu Donglai, fundador da rede de supermercados chinesa Pang Dong Lai, introduziu uma política inovadora para seus funcionários chamada "licença por infelicidade". Agora, qualquer funcionário que se sentir insatisfeito pode tirar um dia de folga sem precisar de aprovação superior.

Foto: Canva / Perfil Brasil

O People's Daily, jornal estatal chinês, relatou que essa licença tem um limite de dez dias por ano e a empresa também reduziu a jornada diária para sete horas. A mudança vem em um momento em que o bem-estar e a saúde mental dos trabalhadores estão ganhando mais atenção.

A importância da licença por infelicidade para o bem-estar no trabalho

Especialistas apontam que a licença por infelicidade precisa ser parte de uma estratégia maior de bem-estar na empresa. Sandra Teschner, do Instituto Happiness do Brasil, afirma que ações isoladas têm impacto limitado. O bem-estar organizacional requer uma abordagem abrangente.

Por que a licença por infelicidade pode ser eficaz?

A professora Ana Cristina Limongi-França da USP vê a licença como um auxílio valioso. "Quando alguém está exausto e infeliz, sua capacidade de trabalho é afetada, e essa situação pode gerar tensão no ambiente de trabalho", explica. Uma pausa rápida pode ajudar a restaurar a harmonia e a produtividade.

Licença por infelicidade no Brasil: como funciona?

Larissa Salgado, advogada trabalhista, explica que no Brasil licenças remuneradas dependem da legislação, como a CLT. A licença para questões emocionais requer um atestado médico. Nos primeiros 15 dias, o pagamento é do empregador, depois disso, o INSS assume por meio do auxílio-doença.

  • Empregado precisa de atestado médico
  • Primeiros 15 dias pagos pelo empregador
  • Após 15 dias, INSS assume o pagamento

Considerações sobre a nova política chinesa

Transtornos emocionais como depressão e ansiedade, quando diagnosticados, dão ao trabalhador o direito à licença. Sandra e Ana Cristina concordam que a licença por infelicidade pode ser uma medida positiva, mas deve fazer parte de uma cultura corporativa voltada para o bem-estar contínuo.

A síndrome de burnout, já reconhecida como fenômeno ocupacional na CID-11, também ilustra a necessidade de estratégias mais amplas para a saúde mental no trabalho. A iniciativa de Yu Donglai pode servir de inspiração, mas só trará resultados reais quando acompanhada por outras iniciativas de apoio ao bem-estar dos funcionários.

Perfil Brasil
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