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'Linha Direta' pode voltar à grade da Globo; relembre crimes históricos que marcaram o programa

Atração, exibida pela emissora entre 1999 e 2007, relembrava casos reais de crimes assustadores

2 set 2022 - 15h54
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Linha Direta, programa que marcou o público brasileiro entre 1999 e 2007, pode voltar à grade da TV Globo. Em comunicado enviado ao Estadão, a emissora afirmou que o projeto está em avaliação.

"A grade 2023 ainda está em desenvolvimento. Linha Direta é um dos projetos que estão em avaliação, junto com vários outros. As definições vão acontecer até 27/10, quando a Globo apresenta as novidades do próximo ano ao mercado publicitário no Upfront anual", disse a comunicação da emissora.

O programa, inicialmente apresentado por Marcelo Rezende, substituído por Domingos Meirelles, exibia detalhes de crimes sem solução, com investigações apurados que ajudava a Justiça a localizar centenas de foragidos.

Relembre a seguir cinco casos que marcaram a história do Linha Direta:

Ângela Diniz

O caso Ângela Diniz foi um marco apresentado por Domingos Meirelles. A reportagem retrata o assassinato de uma mulher morta a tiros no dia 31 de dezembro de 1976, em Búzios, Rio de Janeiro, cujo responsável pelo crime foi seu marido, o empresário Raul Fernando do Amaral Street, o Doca Street. Após uma discussão do casal, Doca disparou quatro tiros em Ângela, sendo três no rosto.

Antes de expor o crime, o programa retratou a trajetória da mulher, que foi tratada como boneca pela mãe, até seu envolvimento com Doca e sua morte.

O bandido da luz vermelha

João Acácio Pereira da Costa ficou conhecido como o bandido da luz vermelha, por ter obsessão pela cor vermelha, que ele associava à força demoníaca, e tinha um apartamento todo decorado de vermelho em Santos. Ele cometeu uma série de crimes que aterrorizaram São Paulo na década de 1960, incluindo 77 assaltos, dois homicídios, dois latrocínios, sete tentativas de morte e mais de 100 estupros de mulheres.

O bandido da luz vermelha foi condenado a 351 anos, cumprindo apenas 30 anos. Durante sua prisão, recebia cartaz de vítimas apaixonadas.

Quatro meses após ser solto, ele foi morto com um tiro de espingarda, depois de atacar um homem com uma faca.

Máscaras de Chumbo

Em agosto de 1966, os técnicos em eletrônica Miguel José Viana e Manuel Pereira da Cruz desembarcaram na Rodoviária de Niterói, no Rio de Janeiro. Eles haviam dito à familiares que estavam viajando para São Paulo a fim de comprar um carro e equipamentos eletrônicos. A dupla saiu de Campos levando a quantia de dois milhões e trezentos mil cruzeiros (cerca de mil dólares) mas acabaram sendo encontrados mortos no dia seguinte. Sem marcas de tiros ou facadas, os dois traziam nas mãos estranhas máscaras de chumbo e o seguinte bilhete cifrado: "16,30hs está no local determinado 18,30hs ingerir cápsula, após efeito proteger metais aguardar sinal máscara". Foi o início de um mistério que persiste até hoje.

Vampiro de Niterói

Maníaco comete vários homicídios pelo País na década de 1960. A marca do assassino era beber o sangue de suas vítimas depois de mortas. Preso em 1969, ele foi encaminhado ao Manicômio Judiciário de Franco da Rocha, em São Paulo, por ser considerado inimputável, já que era portador de encefalopatia. Ficou lá até 1991, quando fugiu e até hoje não foi recapturado.

Crime da mala

Porto de Santos, litoral de São Paulo, 1928. O navio de passageiros Massilia é carregado quando um incidente revela vestígio de sangue em uma mala. A polícia é chamada. Quando o baú é aberto, é encontrado o corpo mutilado de uma mulher. Em uma das investigações policiais mais sensacionais de todos os tempos, a vítima é identificada e o assassino preso em menos de 24 horas. O assassinato macabro vira manchetes dos jornais do Brasil e do mundo e fica conhecido como o Crime da Mala.

Estadão
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