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Lula pode dormir em acampamento se for solto

Primeiro ato deve ocorrer em frente à sede da PF, onde ex-presidente está preso desde abril do ano passado

8 nov 2019 - 01h19
(atualizado às 08h08)
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Mesmo antes de terminar o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o cumprimento da pena após prisão em segunda instância, dirigentes do PT já discutiam uma agenda política para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguir, caso seja autorizado a deixar a prisão pela Vara de Execuções Penais da Justiça Federal do Paraná.

Foto: Ricardo Trida / Estadão Conteúdo

O roteiro prevê um ato com o ex-presidente em frente à Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, onde ele está detido desde abril do ano passado, depois que foi condenado em segunda instância no caso do triplex por corrupção e lavagem de dinheiro. Existe a hipótese de que Lula passe uma noite junto com as pessoas que estão acampadas na vigília que fica em frente ao prédio da PF.

A defesa do ex-presidente informou que vai conversar com Lula nesta sexta-feira (8) e, na sequência, entrar com o pedido de soltura. Caberá à juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução penal do ex-presidente, decidir se ele deve deixar a prisão. Segundo juristas, ela pode aguardar a publicação do acórdão do Supremo no Diário Oficial, que não tem data para acontecer.

A ideia do partido é organizar o máximo possível de viagens antes do fim deste ano. Segundo a deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido, mesmo que Lula saia da prisão, o PT vai continuar batendo na tecla do "Lula livre" até que o ex-presidente tenha a condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro anulada.

Segundo o plano que vem sendo discutido dentro do PT, depois de passar a noite na vigília, Lula deve embarcar para São Paulo. Um ato ecumênico deve ser realizado em São Bernardo do Campo, no ABC, berço político do petista. O grande palco político para Lula, no entanto, deve ser o Congresso Nacional do PT, entre 22 e 24 de novembro na cidade de São Paulo.

Desde quinta-feira (7), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann o tesoureiro, Emidio de Souza, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o dirigente nacional do Movimento dos Sem Terra, João Paulo Rodrigues, estão na capital do Paraná à espera do presidente.

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