Lula reúne ministros e Campos Neto em churrasco em Brasília
Presidente do Banco Central compareceu à confraternização mesmo com as tensões na relação com o Chefe do Executivo ao longo do ano de 2023
-1jy7orqt0u4hi.png "Redação Terra"){kind=small}
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu os ministros do governo em um churrasco de confraternização de fim de ano na Granja do Torto, Brasília, na noite desta quinta-feira, 21.O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, também esteve presente, mesmo com as tensões na relação com o Chefe do Executivo ao longo do ano de 2023. As informações são do jornal O Globo.
Segundo relatos de participantes da festa, Campos Neto demonstrou entusiasmo e conversou com Lula. Durante o churrasco, o presidente do BC se sentou ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, permanecendo na Granja do Torto por aproximadamente 3 horas.
Lula foi o primeiro a chegar, às 19h26, acompanhado da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja. O presidente deixou a confraternização após 4 horas, às 23h30. O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, também esteve presente.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, marcou presença na festa, assim como o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). No entanto, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, não participou da confraternização, pois viajou para Salvador para acompanhar o filho recém-nascido.
A confraternização contou com um trio feminino de forró pé-de-serra para animar a festa. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, fez uma participação especial e se uniu ao trio para cantar uma música. Os ministros começaram a deixar a Granja do Torto por volta das 22h30, sendo que Campos Neto saiu às 23h.
A presença de Campos Neto chamou a atenção devido às tensões em sua relação com Lula ao longo do ano. O presidente do BC foi referido diversas vezes por Lula como "esse cidadão" e "esse rapaz" em meio a críticas à política monetária da autarquia federal. O BC mostrou resistência para reduzir a taxa básica de juros, que só começou a cair em meados deste ano, após 12 meses estagnada em 13,75% ao ano, como medida para conter a inflação pós-pandemia.
No meio do ano, Lula chegou a expressar dúvidas sobre a quem Campos Neto "está servindo" e acrescentou que o titular do BC "não entende" de Brasil nem "de povo". Entretanto, a relação foi melhorando com o início do atual ciclo de queda dos juros, mediado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com quem Campos Neto vem construindo uma relação mais próxima e de confiança. Em setembro, Haddad levou Campos Neto a uma reunião com Lula.
