Lula se reúne com Mauro Vieira hoje (4) após repatriação de brasileiros ser adiada
O comboio que vai buscar os brasileiros que moram fora de Beirute precisa usar uma rodovia perto da capital para acessar a cidade, antes mesmo do transporte até o aeroporto; o caminho é considerado o mais complicado na operação de retirada
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reúnem em Brasília, nesta sexta-feira (4), para tratar do adiamento do voo de repatriação de brasileiros que estão no Líbano em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).
A logística para repatriar brasileiros que estão fora de Beirute, capital do Líbano, apresenta desafios complexos. O caminho para o comboio chegar à cidade envolve uma rodovia nos arredores, agora chamada de "cinturão". Este trajeto é uma preocupação central na operação de repatriação. Mesmo até a manhã desta sexta-feira, as autoridades brasileiras estavam em busca de garantias adicionais para minimizar os riscos dessa jornada.
Por que o adiamento foi necessário?
O governo brasileiro decidiu adiar em 24 horas o primeiro voo para repatriar brasileiros do Líbano. Marcada para as 14h deste sábado (5), pelo horário de Brasília, a decisão visou garantir a segurança e foi comunicada aos nacionais no Líbano. Autoridades brasileiras, em contato com a TV Globo, segundo informações do g1, explicaram que questões de segurança foram a chave para esta mudança no cronograma.
Ministério das Relações Exteriores também emitiu uma nota pública, mencionando a necessidade de medidas adicionais para garantir a segurança dos comboios terrestres até o aeroporto de Beirute. A expectativa é que o avião da FAB, atualmente em Lisboa, Portugal só se dirija ao Líbano quando for seguro decolar.
FAB e a operação de repatriação?
O avião da FAB envolvido na operação é um KC-30 com capacidade para aproximadamente 220 pessoas. A aeronave encontra-se em Lisboa, Portugal, aguardando condições de segurança para seguir ao Líbano. Esta operação exige não apenas planejamento logístico, mas também negociações cuidadosas quanto ao horário e trajetos dos voos.
Qual a relação dos conflitos na região com a repatriação?
Atualmente, o Líbano está no centro de tensões devido a ataques israelenses, como parte de uma ofensiva contra o Hezbollah. Esses ataques têm sido frequentes e imprevisíveis, criando um ambiente volátil. O risco de bombardeios aumenta a complexidade da operação de repatriação, exigindo que a equipe brasileira tome medidas preventivas intensivas.
BRASILEIROS NO LÍBANO | "São cerca de 20 mil brasileiros que vivem no Líbano, há também pessoas que estão de passagem e desde outubro do ano passado, a embaixada vem fazendo levantamento da comunidade brasileira".
Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a situação dos brasileiros no Líbano.
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— Canal Gov (@canalgov.ebc.com.br) 3 de outubro de 2024 17:55