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Lula sugere que guerra na Ucrânia não será pauta no G20

1 nov 2024 - 20h29
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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, tem se destacado na arena internacional por seu engajamento em questões diplomáticas e de paz. Em meio a tensões globais, como o conflito no Leste Europeu, Lula defende a necessidade de diálogo e mediação para resolver disputas internacionais. Lula sugeriu que a Cúpula do G20, a ser realizada no Rio de Janeiro, não deveria se concentrar no conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva
Foto: depositphotos.com / fredpinheiro.hotmail.com.br / Perfil Brasil

Segundo ele, o fórum deve priorizar outros temas globais relevantes definidos na última reunião do G20. Apesar disso, destacou a necessidade de uma atuação mais efetiva de organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), para fortalecer discussões de paz.

No cenário atual, o Brasil, juntamente com a China, se ofereceu para mediar negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia. Lula mencionou que uma possível solução seria a realização de um referendo nas áreas disputadas entre os dois países. Ele acredita que essa abordagem poderia ser mais democrática, permitindo que a população local decidisse a qual nação deseja pertencer. Esta proposta já foi tentada pela Rússia em 2022, mas os resultados não foram reconhecidos por Kiev e seus aliados ocidentais.

"Nós temos dois pequenos problemas. Nós não convidamos o [presidente da Ucrânia, Volodymyr] Zelensky para participar, e o [presidente da Rússia, Vladmir] Putin não vai participar. Nós não achamos que esse fórum do G20 será espaço para discutir a guerra entre os dois países. Achamos que esse fórum é para discutir os temas abordados no ultimo G20", declarou.

Apoio internacional e questões diplomáticas no G20

A ausência dos presidentes da Rússia e Ucrânia na próxima cúpula do G20 reflete a complexidade das questões diplomáticas atuais. A posição do Brasil é de que o G20 deve se concentrar em temas mais amplos, como desenvolvimento sustentável e reforma de instituições multilaterais. A prioridade é enfrentar problemas globais como a fome e a desigualdade, áreas de grande importância durante a presidência de Lula.

O G20 reúne as maiores economias do mundo e representa cerca de dois terços da população global. Este grupo tem a capacidade de impactar significativamente as discussões sobre paz e segurança, mas o foco está agora em outros desafios que afetam a humanidade de maneira abrangente.

Os referendos propostos por Lula como solução para a disputa territorial entre Rússia e Ucrânia trazem à tona questões complexas de legitimidade e reconhecimento internacional. Em setembro de 2022, a Rússia organizou uma votação em quatro regiões da Ucrânia para decidir sobre a anexação ao seu território, mas a comunidade ocidental considerou a iniciativa como uma farsa. O resultado parcial, que indicou uma preferência pela anexação à Rússia, não foi aceito por Ucrânia e seus aliados.

O contexto histórico e político destes territórios adiciona camadas de dificuldade na busca por uma solução pacífica. A guerra duradoura e o avanço das forças russas em territórios estratégicos realçam a urgência de acordos diplomáticos viáveis.

O Brasil, sob o governo de Lula, busca solidificar seu papel como mediador em conflitos internacionais. A esperança é de que, ao promover o diálogo e encorajar a diplomacia, seja possível lograr avanços na resolução de disputas complexas. Apesar de desafios persistentes e perspectivas divergentes, o foco do Brasil permanece em contribuir para a construção de uma paz mais duradoura e equitativa.

Perfil Brasil
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