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Lula vê Bolsonaro "muito incomodado" na posse de Moraes no TSE

De acordo com o candidato do PT à Presidência da República, Jair Bolsonaro estaria desconfortável com a defesa do estado democrático de direito

17 ago 2022 - 08h51
(atualizado às 10h18)
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Novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral Alexandre de Moraes cumprimenta o ex-presidente do Brasil e candidato presidencial Luiz Inácio Lula da Silva após sua cerimônia de posse
Novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral Alexandre de Moraes cumprimenta o ex-presidente do Brasil e candidato presidencial Luiz Inácio Lula da Silva após sua cerimônia de posse
Foto: Estadão

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira, 17, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) se mostrou "muito incomodado" durante a posse do ministro Alexandre de Moraes, que assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um discurso em defesa do processo eleitoral e da democracia.

"Bolsonaro estava muito incomodado porque ele ouviu tantas vezes a palavra democracia, tantas críticas ao autoritarismo, tantas críticas às fake news, que ele estava muito incomodado. Cada discurso que falavam um pouco de democracia era visível a cara dele de constrangimento. Ele quase não bateu palma para nenhum discurso. Ele com muita má vontade ficava e pé para aplaudir pessoas quando levantavam", afirmou Lula em entrevista à rádio Super, de Minas Gerais.

O petista afirmou compreender o motivo do constrangimento do presidente: "Eu compreendo esse comportamento dele porque ele passou o tempo inteiro desaforando a Justiça Eleitoral, desacreditando na urna eletrônica, tentando desmoralizar as instituições e ontem foi um ato de fortalecimento do processo do estado de direito democrático do Brasil. Foi um ato em que a a gente valorizou muito a questão da democracia', disse.

Durante discurso de posse, Moraes afirmou que a Constituição "não permite a propagação de discurso de ódio, de ideias contrárias à ordem constitucional e ao estado democrático" que visa à "instalação do arbítrio". O ministro também aproveitou o espaço para fazer uma longa defesa da segurança das urnas eletrônicas: "Somos a única democracia do mundo que apura e divulga os resultados eleitorais no mesmo dia, com agilidade, segurança, competência e transparência. Isso é motivo de orgulho nacional", afirmou.

Estadão
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