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Malária: novo medicamento é desenvolvido

O MED6-189 foi testado em laboratório e em camundongos adaptados para possuírem sangue humano, apresentando resultados promissores

27 set 2024 - 07h30
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Um novo medicamento, o MED6-189, tem mostrado eficácia contra cepas resistentes do parasita Plasmodium falciparum, causador da malária. Este avanço foi divulgado recentemente na revista científica Science. O MED6-189 foi testado em laboratório e em camundongos adaptados para possuírem sangue humano, apresentando resultados promissores.

Vetor de doenças
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Foto: depositphotos.com / vladvitek / Perfil Brasil

O remédio atua interrompendo uma organela específica nas células do parasita, além de afetar as vias de tráfego vesiculares. Essa dupla abordagem dificulta o desenvolvimento de resistência do patógeno aos medicamentos, tornando o MED6-189 uma nova esperança no tratamento da malária.

Segundo a pesquisadora Karine Le Roch, da University of California - Riverside, à CNN, o MED6-189 mostrou eficácia não só contra o P. falciparum, mas também contra outros parasitas do gênero Plasmodium, como P. knowlesi e P. cynomolgi. "A combinação de interrupção da organela e das vias vesiculares impede o desenvolvimento do parasita, eliminando a infecção em glóbulos vermelhos", explica Le Roch.

O novo composto é sintético e foi inspirado em substâncias encontradas em esponjas marinhas. A equipe liderada por Christopher Vanderwal, da University of California Irvine, sintetizou o MED6-189. Vanderwal ressalta que muitos agentes antimaláricos eficazes são derivados de produtos naturais. O MED6-189 é semelhante aos isocianoterpenos e atinge múltiplas vias no parasita, o que reduz a probabilidade de resistência.

Nos testes realizados, o MED6-189 foi eficaz em eliminar os parasitas de camundongos infectados com P. falciparum e P. knowlesi. Esse resultado é promissor, indicando que o composto pode ser utilizado para tratar diferentes infecções por Plasmodium. A eficácia em diversos modelos de parasitas zoonóticos sugere uma ampla aplicabilidade do medicamento.

Impacto da malária no Brasil

No Brasil, a malária é especialmente prevalente na região amazônica, que concentra 99% dos casos autóctones. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2022, ocorreram 2.114 internações por malária, representando um aumento significativo em relação a 2021. Além disso, a região extra-amazônica também registrou um crescimento nos óbitos.

Os pesquisadores planejam continuar os estudos para otimizar o MED6-189 e entender melhor seus mecanismos de ação. A abordagem de biologia de sistemas será utilizada para mapear como diferentes organismos vivos e células interagem em larga escala. Esses estudos são essenciais para garantir a eficácia e segurança do novo medicamento em humanos.

Perfil Brasil
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