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Ministro volta a negar candidaturas laranjas no PSL em Minas

Ministro do Turismo afirmou que já apresentou ao MP 'provas de que tudo é resultado de disputa política local'

24 abr 2019 - 13h56
(atualizado às 14h36)
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O ministro do Turismo no governo Jair Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antonio, voltou a negar nesta quarta-feira, 24, que tenha havido caixa dois em candidaturas do PSL na eleição de 2018. O ministro é investigado por suspeita de ter patrocinado um esquema de candidaturas laranjas durante o pleito. Ele era presidente do PSL em Minas Gerais até 2018.

Após coletiva de imprensa para falar sobre a reunião que teve mais cedo com empresários do setor e o presidente Jair Bolsonaro, Álvaro Antonio foi questionado sobre os recentes desdobramentos nas investigações. Nesta segunda-feira, 22, foi entregue ao Ministério Público Federal o material de campanha da candidata a deputada estadual pelo PSL em 2018 Zuleide Aparecida de Oliveira.

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, participa de audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado, em Brasília.
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, participa de audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado, em Brasília.
Foto: Mateus Bonomi / Agif / Estadão Conteúdo

Ao MP, Zuleide confirmou as informações de que foi convidada pelo ministro para ser candidata laranja. As investigações da procuradoria já identificaram que não houve registro de gastos de campanha pelo PSL estadual nem pelo partido no plano nacional.

O fato de não constar registros de pagamento do material de campanha de Zuleide, e os santinhos terem sido produzidos, é a principal linha de investigação da procuradoria no que se refere ao suposto esquema de caixa 2. "Não, não houve caixa dois", disse o ministro, após ser perguntado pela imprensa duas vezes. Quando questionado se o presidente assegura sua permanência no cargo, Antonio Álvaro encerrou a entrevista sem responder.

Em nota divulgada esta semana, o ministro do Turismo afirmou "que não houve qualquer candidatura laranja no PSL de Minas Gerais e que o partido seguiu rigorosamente o que determina a lei". "Já apresentei ao Ministério Público provas de que tudo o que vem me atingido nos últimos dois meses é resultado de uma disputa política local. Sigo confiante no trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça, onde as investigações estão em curso e sigo no aguardo da conclusão das investigações confiante de que a verdade prevalecerá", diz a nota.

Estadão
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