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Marinheiro se sente "bem estranho” em sua volta ao cânion

Júnior Giana, o Pit descreveu a sensação desta quinta-feira, 13 ao retornar ao Lago de Furnas, local da tragédia de sábado, 8

13 jan 2022 - 16h47
(atualizado às 17h41)
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Os marinheiros, que fazem os passeios de turismo com as lanchas em Capitólio-MG, prestaram uma grande homenagem às 10 vítimas nesta quinta-feira, 13, no Lago de Furnas. Todos reunidos, partiram em procissão até o cânion, por volta das 11h30, até local do acidente do último sábado, 8. A cerimônia durou por volta de duas horas.

Barcos enfileirados ficam na frente da entrada do cânion onde aconteceu a tragédia Divulgação Arquivo Pessoal
Barcos enfileirados ficam na frente da entrada do cânion onde aconteceu a tragédia Divulgação Arquivo Pessoal
Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal

Na preparação, todos os barcos foram enfeitados e saíram com balões brancos pendurados. Depois de todos reunidos no local, ficaram por 30 minutos. Os marinheiros fizeram uma oração, e bastante emocionados, soltaram balões branco e deixaram rosas brancas no local da tragédia, ao som de música gospel, exaltando Deus.

Rosas brancas foram jogadas no Lago de Furnas nesta quinta-feira Arquivo Pessoal
Rosas brancas foram jogadas no Lago de Furnas nesta quinta-feira Arquivo Pessoal
Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal

O marinheiro Júnior Giana, mais conhecido como Pit, que estava no local e vivenciou bem de perto toda a tragédia, inclusive salvando sete vidas naquele fatídico dia, comentou como foi a e sua volta. “Muito estranho. Fiquei chocado. A sensação que eu tive é de muito desconforto. Era algo que eu amava fazer, mas hoje perdeu a alegria. Não é a mesma coisa”, comentou em entrevista exclusiva ao Terra.

Pit destacou que a ideia dessa homenagem partiu dos seus companheiros de dia-a-dia. ”Nós temos um grupo de WhatsApp, chamado ‘Bar do Mané’ , com 245 integrantes, e decidimos fazer isso em conjunto”.

 “A partir de agora vamos ter que enfrentar um leão toda vez que voltarmos pra lá, pois vai voltar tudo na cabeça o que aconteceu naquele dia”, falou. “Vamos sempre ficar com receios de passar por aquelas rochas e ficar imaginando se vai acontecer algo novamente”, desconfiou.

Apesar do trauma que vai ficar para o resto de sua vida, o marinheiro descarta a possibilidade de abandonar o barco e acredita que Capitólio-MG vai resgatar o turismo aos poucos. “Vai voltar, mas não tão rápido. Só o tempo pra tentar amenizar isso tudo o que aconteceu”, finalizou.

Marinheiro se sente "bem estranho” em sua volta ao cânion:
Fonte: Redação Terra
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