Mauricio Macri abraça e elogia Milei: "Ele está em uma batalha épica"
O ex-presidente Mauricio Macri falou de Javier Milei no jantar da Fundação Libertad. Em sintonia com o presidente, ele criticou o "Estado enorme"
O ex-presidente argentino Mauricio Macri defendeu as políticas do atual chefe de Estado, Javier Milei, durante um discurso realizado nesta quarta-feira (24).
"Todos esperamos que o presidente Javier Milei nos liberte, ele está em uma batalha épica", disse o líder do partido Proposta Republicana (PRO) no jantar da Fundacion Libertad.
Ele ainda enfatizou a possibilidade que "todos os argentinos entendam que a liberdade deve ser política e econômica e liberdade de expressão. Este enorme Estado impediu que os argentinos crescessem", disse Macri, que cumprimentou o presidente com um abraço apertado no evento.
O político havia acabado de chegar de uma viagem a Dubai. Depois de fazer mais algumas paradas, ele deve retornar definitivamente para a Argentina no dia 6 de maio e assumir a presidência do PRO.
Este foi o primeiro encontro entre Milei e Macri em 2024 - e aconteceu em meio a um período de tensão no governo e nos partidos. Karina Milei avançou na organização do partido La Libertad Avanza em Buenos Aires, espaço governado pelo PRO desde 2007.
Hola Presi! Saludando a Mauricio Macri.
VLLC! pic.twitter.com/z6y5VzPHDO
— Javier Milei (@JMileiElecto) April 25, 2024
O governo Macri
Mauricio Macri foi presidente da Argentina de 2015 a 2019. Orientado por uma visão centro direitista, abriu a economia nacional para o mercado mundial. Consequentemente, o peso argentino passou por uma leve desvalorização na época.
Entretanto, a situação econômica piorou de vez quando os Estados Unidos tiveram um aumento na taxa de juros e muitos investidores estrangeiros decidiram tirar seu dinheiro da Argentina. Macri, então, negociou um empréstimo de mais de US$50 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A consequência disso foi uma conjuntura perigosa: inflação e recessão. A taxa de desemprego também cresceu durante o governo Macri, atingindo cerca de 10% da população. Além disso, o instituto nacional que media dados internos do país havia sofrido interferências no governo anterior, deixando investidores desconfiados.