Mauro Cid está sem advogado; como fica estratégia do ex-faz-tudo de Bolsonaro?
Escritório do criminalista Bernardo Fenelon deixou a defesa do tenente-coronel, que fica vulnerável em momento delicado
O tenente-coronel Mauro Cid está preso preventivamente por suspeita de falsificar dados de vacinação da covid-19 para burlar exigências sanitárias na pandemia.
A equipe do escritório de Bernardo Fenelon defendia também a mulher do ex-ajudante de ordens, Gabriela Cid, que é investigada no mesmo inquérito. Em depoimento à PF em maio, ela confessou ter usado um cartão falso para entrar nos Estados Unidos, mas atribuiu as fraudes ao marido, indicando que ele poderia assumir a culpa pelos crimes. Com a mudança de advogado, é incerto se a estratégia será mantida.
A situação jurídica de Mauro Cid se complicou depois que a Polícia Federal apreendeu seu celular, na investigação sobre as fraudes em informações da vacina, e encontrou mensagens sobre o que parece ser um esquema de apropriação e venda de presentes diplomáticos, como joias e esculturas, que Bolsonaro deveria ser devolvido ao acervo da União.
A PF fez buscas na semana passada em endereços ligados a aliados do ex-presidente, na Operação Lucas 12:2, e as novas provas colhidas ainda estão sendo analisadas pelos investigadores.