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Mauro Cid tem delação premiada homologada por Moraes e liberdade provisória concedida

Ex-assistente de ordens de Jair Bolsonaro está preso desde maio em Brasília, no Distrito Federal

9 set 2023 - 11h53
(atualizado às 11h59)
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O tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, enquanto era ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro; hoje Cid está preso por suspeita de falsificação de cartões de vacinas e é investigado por golpe de estado e venda de joias da Presidência.
O tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, enquanto era ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro; hoje Cid está preso por suspeita de falsificação de cartões de vacinas e é investigado por golpe de estado e venda de joias da Presidência.
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, teve sua delação premiada homologada pelo ministro Alexandre de Moraes neste sábado, 9. O ministro do STF (Superior Tribunal Federal) também aceitou o pedido de liberdade provisória do tenente-coronel. A informação é de Gerson Camarotti, da GloboNews. 

De acordo com a decisão, Mauro Cid terá que usar tornozeleira eletrônica, não poderá estar fora de casa no período noturno e nem aos finais de semana, além de se afastar das funções do Exército. 

O ex-ajudante de ordens é investigado por fraudar os cartões de vacinação do ex-presidente e sua filha e de ser uma peça central e um suposto esquema de venda de joias e artigos de luxo que Bolsonaro ganhou durante agendas oficiais.

A delação pode complicar ainda mais a situação de Jair Bolsonaro. Cid esteve ao lado do ex-presidente em entrevistas, lives e reuniões, e foi o braço-direito do então presidente da República nos quatro anos do governo passado. O oficial do Exército participou diretamente do caso das joias desde os primeiros passos, como revelado pelo Estadão. No final do governo, Cid despachou um auxiliar para tentar resgatar um kit de joias que a casal Jair e Michelle Bolsonaro receberam do governo da Arábia Saudita. As joias tinham sido retidas pela Receita Federal no aeroporto de Garulhos.

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O ex-ajudante de ordens também participou da operação para venda de outros objetos de valor que Bolsonaro recebeu como presente na qualidade de chefe de Estado. Os itens deveriam ter sido restituídos à União, mas foram despachados para venda nos Estados Unidos.

No caso das joias apropriadas pelo ex-presidente e que foram colocadas a venda, Cid deixou rastros em e-mails, conversas por aplicativos de mensagens e movimentações financeiras que podem acabar comprometendo o seu ex-chefe.

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No dia 28 de agosto, quando o ex-presidente e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ficaram em silêncio em um depoimento prestado na PF, Cid falou com os policiais por mais de 10 horas. Além do caso da venda ilegal de joias recebidas por comitivas da Presidência da República, Cid também é investigado por estar envolvido com o escândalo da invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Netto e a falsificação de cartões de vacina da família de Bolsonaro, motivo esse que motivou a sua prisão preventiva em maio deste ano.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
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