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Mauro Cid vai ao STF para explicar omissões e contradições em depoimento de delação

Moraes vai avaliar se rescinde ou não os benefícios do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro com a delação

21 nov 2024 - 07h22
(atualizado às 07h54)
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Mauro Cid presta novo depoimento à PF, em Brasília, nesta terça-feira, 19
Mauro Cid presta novo depoimento à PF, em Brasília, nesta terça-feira, 19
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Após a Polícia Federal apontar omissões e contradições em depoimento de delação, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), será ouvido novamente na tarde desta quinta-feira, 21, no Supremo Tribunal Federal (STF). 

A audiência foi marcada por Alexandre de Moraes, já que o ministro foi o responsável pela homologação do acordo de colaboração premiada fechado com a PF em 2023. No documento em que marcou a oitiva, o magistrado citou "contradições existentes entre os depoimentos do colaborador e as investigações realizadas pela Polícia Federal" no âmbito da operação Contragolpe, que mostrou detalhes da trama de militares para um golpe de Estado e o assassinato de autoridades em 2022.

Na última terça-feira, 19, mesmo dia em que quatro militares de elite do Exército e um policial federal foram presos, Mauro Cid prestou um depoimento por três horas e negou ter conhecimento do plano golpista articulado por militares próximos a Bolsonaro para assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Moraes e o então vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) em dezembro de 2022.   

Se for concluído que o militar mentiu ou omitiu informações e não cumpriu o acordo de delação premiada, Cid poderia ser preso novamente.  A defesa do tenente-coronel, no entanto, disse que "sempre esteve à disposição da Justiça, respondendo a tudo que lhe é perguntado".    

Não é a primeira vez que o acordo de delação premiada de Cid é colocado em xeque. Em março deste ano, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro voltou a ser preso após a revista Veja  publicar um áudio dele sugeriu ter sido pressionado pela PF e por Moraes em seus depoimentos.  O tentente-coronel foi solto dois meses depois após alegar arrependimento pelos áudios.

Fonte: Redação Terra
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