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Mauro Cid vai confessar que agiu a mando de Bolsonaro, diz advogado

"É evidente que o ex-presidente é quem deu a ordem", afirmou o defensor do tenente-coronel em referência à venda das joias recebidas como presente pelo governo brasileiro

18 ago 2023 - 08h33
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O tenente-coronel Mauro Cid decidiu confessar que o ex-presidente Jair Bolsonaro mandou que ele vendesse as joias dadas de presente pela Arábia Saudita ao governo brasileiro. Cid era o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A decisão indica uma reviravolta na estratégia de defesa do militar no caso das joias.

O tenente
O tenente
Foto: coronel Mauro Cid mudou a sua estratégia de defesa e irá confessar que agiu a mando de Jair Bolsonaro, segundo informou seu advogado; o militar era ajudante de ordens do ex-presidente (Crédito Lula Marques/ Agência Brasil) / Perfil Brasil

A informação foi inicialmente publicada pela Revista Veja e confirmada com o advogado Cezar Bitencourt. "Eu só digo uma coisa: Mauro Cid é inocente", afirmou. "É evidente que Bolsonaro é quem deu a ordem. Cid, como um militar disciplinado, seguiu ordens", acrescentou o advogado.

De acordo com a defesa, o ex-presidente teria dito "resolve lá" para Mauro Cid negociar a venda de joias e relógios. Bitencourt assumiu a defesa de Cid nessa terça-feira (15) a pedido da família do tenente-coronel. O criminalista é o terceiro advogado a representá-lo no caso.

De acordo com a nova versão que será apresentada por Mauro Cid, Bolsonaro teria pedido para o auxiliar resolver a venda das joias. O dinheiro da comercialização teria sido repassado a Bolsonaro em espécie, para não deixar rastro.

Após reunião de Cid com seu novo advogado, o militar foi aconselhado a abrir o jogo em razão do conjunto de provas reunidas até o momento pela investigação feita pela Polícia Federal (PF) e também pela possibilidade de ser o maior responsabilizado.

O advogado defendeu que a confissão por livre e espontânea vontade tem a possibilidade de atenuar a pena que poderá ser imposta a Mauro Cid.

Perfil Brasil
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