Medo de falhar na 'Hora H' faz homens buscarem tratamentos neste fim de ano
Bate à porta as festas de final de ano, e grande parte dos homens saem a procura por especialistas em sexualidade masculina. Pesquisas recentes apontam que neste período cresce aproximadamente 80% a busca por especialistas em Disfunção Erétil.
"É o momento que a maioria dos homens deixam o preconceito de lado e chegam ao consultório à procura de medicamentos que possam garantir à ereção durante o período, pois certamente terão relações sexuais com maior frequência e de forma alguma poderão falhar", afirma o especialista em tratamentos de Disfunção Erétil, Dr. Carlos Augusto Araujo, Cirurgião Geral e Vascular com especialização em Andrologia e na área de Saúde do Homem.
De acordo com o especialista, a disfunção erétil é um problema muito comum. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), a disfunção afetará cerca de 322 milhões de homens até 2025. Atualmente, a doença já atinge cerca de 30% da população masculina economicamente ativa.
"Alguns homens demoram anos para buscar ajuda ou buscam apenas soluções emergenciais, como neste período. Porém, grande parte enfrenta o problema de forma solitária, se sentem constrangidos em falar do assunto até mesmo com o médico. O primeiro passo está em identificar o tipo de disfunção erétil, se ela é de ordem psicológica ou fisiológica, isso é fundamental, e obviamente seguir o tratamento", enfatiza o andrologista.
Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que avalia a percepção masculina e feminina sobre a doença que afeta 25 milhões de brasileiros, 11,3% convivem com as formas moderada e grave, 72% não conhecem os diferentes níveis de gravidade da doença, que podem ser leve, moderado ou completo.
O problema traz consequências em diversos campos da vida - afeta a relação afetiva com as respectivas parceiras, abala a autoestima, entre outros fatores. A disfunção erétil também pode ser o aviso de que mais alguma coisa está errada com a saúde. Pode ser um "alerta" sobre um problema no coração e hipertensão. Buscar ajuda aos primeiros sinais de problema, pode evitar um infarto agudo do miocárdio, de doença arterial periférica ou coronariana.
A incidência encontra-se em homens com faixa etária acima dos 50 anos, mas isso não é uma regra e hábitos como tabagismo, consumo excessivo de álcool, obesidade, sedentarismo e outros, podem acelerar o surgimento do problema. Um alerta que os médicos têm se empenhado em divulgar é sobre a importância dos homens ficarem mais cuidadosos com a própria saúde e realizarem check-ups regulares.
"Muitos homens se acostumam com a doença e acham que os remédios que provocam a ereção bastam para resolver o problema quando, muitas vezes, eles apenas mascaram. Ao decidir lidar com a disfunção, a qualidade de vida do homem já melhora. Hoje os tratamentos são muito eficientes, até mesmo para casos mais avançados como os de pacientes que passaram por problemas na próstata e precisaram de intervenção cirúrgica", completa o Dr. Carlos Araujo.
Os medicamentos disponíveis para tratar a disfunção erétil, como a vardenafila (princípio-ativo do Levitra®), revolucionaram a história do tratamento da doença. Hoje também existem injeções intracavernosas e próteses penianas eficientes. Muitos homens que sofrem de disfunção erétil são afetados psicologicamente, mesmo que a causa seja de origem física. Por isso, o aconselhamento psicoterápico pode ajudar.
"A terapia de injeção intracavernosa é o tratamento não cirúrgico mais eficaz para disfunção erétil e sugerido quando medicamentos via oral não são eficientes. O maior problema desse tipo de tratamento é ser invasivo e tem potencial para causar priapismo, ereção excessivamente prolongada, porém muito indicado em diversos casos", conclui.
O implante peniano implica na substituição do mecanismo de ereção natural do corpo por um sistema de ereção artificial. Hoje já existem vários tipos de próteses , há implantes articuláveis e também implantes formados por um sistema inflável em que o pênis fica ereto ou perde a ereção controlado por um dispositivo hidráulico de transmissão de pressão.
Estudos comparativos mostram que os implantes tem índices de satisfação acima dos outros tratamentos, inclusive em casos mais complexos como o de câncer na próstata. Seja que método for, o importante é buscar ajuda e voltar uma vida sexual e afetiva de qualidade.
SOBRE O DR. CARLOS ARAUJO
Dr. Carlos Araujo é especializado no implante de próteses penianas. Formado em medicina pela UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho de Botucatu (1985) e diretor clínico do Instituto Paulista. Possui especialização em cirurgia vascular e opera no Brasil e nos Estados Unidos (Los Angeles). É membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, da ISSM - International Society for Sexual Medicine, AUA - American Urological Association, SUPS - Society of Urologic Prosthetic Surgeons e da Sexual Medicine Society of North America.