Mercado de sublimação ganha força na indústria têxtil brasileira
Processo é obtido através da transferência térmica da tinta em formato sólido para o formato gasoso, de modo que seja gravada a estampa no tecido poliéster; para consultoria, a previsão é de que, considerando o período de 2018 a 2023, mercado movimente cerca de 3 bilhões de euros
O impacto da pandemia de Covid-19 na economia brasileira em 2020, que atingiu o setor produtivo do país nas mais variadas frentes, vai sendo, aos poucos, mitigado, fazendo com que alguns índices voltem ao patamar alcançado no período imediatamente anterior ao início da crise sanitária. Um exemplo é o setor têxtil, que, segundo a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), terá uma produção de 2,03 milhões de toneladas em 2021, próxima ao desempenho de 2019, quando atingiu a quantidade de 2,05 milhões de toneladas.
No que diz respeito exclusivamente às vendas de artigos de vestuário, o crescimento estimado pela Abit em 2021 é da ordem de 25%, com um salto para 6,2 bilhões de peças. E, no âmbito desta produção de roupas, tem sido registrada no Brasil uma tendência do aumento do uso da tecnologia sublimática no processo de estamparia, com um crescimento anual global, de 2018 para cá, de 18% ao ano até a pandemia, segundo a consultoria internacional da área de impressão Smithers Pira - a previsão é de que, considerando o período de 2018 a 2023, o mercado de sublimação movimente cerca de 3 bilhões de euros em todo o mundo.
O processo de sublimação é obtido por meio da transferência térmica da tinta em formato sólido para o formato gasoso, de modo que seja gravada a estampa no tecido poliéster. Neste tipo de impressão, a imagem é fixada na roupa através um papel transfer contendo tinta sublimática, prensado com calor. Trata-se de um processo eficiente e econômico, mas que só pode ser realizado em substratos têxteis com, no mínimo, 80% de poliéster na composição para que a estampa possa ter boa aderência, com nitidez de cores.
Um mercado fértil no Brasil
Cristiano Manenti, presidente da JC Isotex, empresa do mercado têxtil que atua com tintas para sublimação, explica que a sublimação começou a ser usada na indústria têxtil brasileira no início dos anos 2000, encontrando um mercado fértil, visto que o poliéster é bastante utilizado no país, "sobretudo pelo fato da cultura futebolística ser muito arraigada por aqui, com grande venda de camisas de clubes, que são feitas de poliéster".
Para o executivo, o processo de estamparia por meio da sublimação no Brasil tem se qualificado de forma exponencial nos últimos anos. "As máquinas chinesas estão substituindo as japonesas com muita qualidade, além de um menor custo de investimento inicial e de gestão, trazendo uma produtividade maior. Isso faz com que haja uma alternativa muito mais adequada ao cenário de mercado de hoje".
As tintas italianas, consideradas de excelência, também ganharam espaço na produção têxtil feita por meio de sublimação, com resultados promissores, segundo Manenti. "Na Itália, líder mundial na produção de tinta sublimática, tivemos um desenvolvimento da tecnologia da produção do produto. Isso permitiu alcançar um produto final com a medida certa de pigmentação que agrada o mercado de atuação, mantendo assim o grau de estabilidade da tinta".
Tais melhorias no segmento da estamparia por meio da sublimação, ressalta o empresário, trazem potenciais ganhos à indústria têxtil brasileira. "Uma tinta sublimática de qualidade oferece a garantia de poder trabalhar com o melhor custo-benefício e com o melhor lucro no final das contas", finaliza.
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