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Metade das empresas listadas na B3 não têm mulheres na diretoria

Um estudo, que analisou 191 empresas, revelou ainda que 82% das companhias não têm objetivos concretos para melhorar a diversidade

12 jul 2024 - 22h22
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Um estudo conduzido pela agência Bells & Bayes Rating Analytics, divulgado no Anuário "ESG Disclosure Yearbook Brasil 2024", analisou a realidade das companhias listadas no Novo Mercado da B3, uma das segmentações de mercado que exige elevados padrões de governança corporativa. A pesquisa revelou que, por mais que muitas empresas na B3 voluntariamente divulguem suas práticas sustentáveis e inclusivas, ainda falta muita diversidade nas diretorias.

O relatório também analisou práticas de sustentabilidade das empresas
O relatório também analisou práticas de sustentabilidade das empresas
Foto: Canva / Perfil Brasil

Analisando uma série de mais de 70 indicadores, o relatório abrangeu 191 empresas, revelando tendências preocupantes relacionadas à diversidade e responsabilidade social. 50% das empresas não possuem mulheres em sua diretoria e que 82% não estabeleceram objetivos concretos para melhorar essa diversidade em suas altas lideranças. Apenas 27% das companhias têm mulheres integrando seus conselhos de administração.

Em relação às práticas sustentáveis, 63% das organizações elaboraram relatórios de sustentabilidade em 2022, o que representa um avanço. No entanto, apenas 29% desses relatórios passaram por uma auditoria externa, o que é uma grande lacuna na verificação da integridade dos dados relatados. Além disso, 20% das empresas na B3 não reportam a exposição dos funcionários a riscos sociais, 17% não reportam a riscos ambientais e 23% a riscos climáticos.

Empresas na B3 e o futuro da diversidade

Desde novembro de 2023, a divulgação de práticas ESG é padronizada no Brasil, conforme estabelece a Resolução nº 59 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Este regulamento visa uniformizar o reporte ESG entre as empresas brasileiras, criando um padrão mais confiável e transparente para investidores e o público em geral.

Além disso, há mudanças estabelecidas nos novos critérios da B3 para que as companhias façam parte da lista. As empresas deverão seguir critérios explícitos para incluir a diversidade em seus quadros diretivos, que deverão incluir ao menos uma mulher ou um membro de minoria social. O relatório, inclusive, ressaltou a importância da diversidade para inovação e criação de valor econômico. Estar à frente nestas iniciativas, segundo o estudo, pode determinar o sucesso de longo prazo das companhias no mercado global. Práticas ESG referem-se a iniciativas e estratégias adotadas por empresas e organizações para atender a critérios ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês).

Perfil Brasil
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