"Meu filho achou que meu marido iria matá-lo", relata mãe de Isabella Nardoni
Durante entrevista, a vereadora relatou como o assassinato impactou seu filho e criticou benefícios concedido a Alexandre Nardoni
A vereadora Ana Carolina Oliveira compartilhou detalhes sobre os desdobramentos da morte de sua filha, Isabella Nardoni, durante entrevista ao programa Melhor da Tarde, apresentado por Catia Fonseca, na Band. Entre os temas abordados, Ana Carolina revelou o impacto do crime em seu filho mais velho, Miguel, de 7 anos, fruto de seu atual relacionamento.
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“Meu filho achou que meu marido iria matá-lo. Ele viu na internet que o pai da minha filha matou ela. Então tive que explicar que os pais não fazem isso, que isso não é normal, que isso não é comum”, disse.
Segundo Ana Carolina, a situação também afetou seu marido, que não esteve envolvido nos acontecimentos de 2008. “Quando cheguei em casa, meu marido me contou. Imagine só o meu marido, que não fez parte dessa história, se sentiu. Como tive que tratar meu filho sobre uma história que não pertence a ele. É doloroso ter que viver isso dentro de casa.”
Ana Carolina teve dois filhos após a morte de Isabella: Miguel, de 7 anos, e Maria Fernanda, de 4 anos.
Isabella foi assassinada aos 5 anos de idade em 2008. De acordo com a investigação, ela foi esganada pela madrasta, Ana Carolina Jatobá, e jogada do sexto andar do Edifício London, na zona norte de São Paulo, pelo pai, Alexandre Nardoni. Ambos foram condenados: Alexandre a 31 anos de prisão e Jatobá a 26 anos.
Durante a entrevista, Ana Carolina também comentou sobre a decisão judicial que autoriza Alexandre a passar as festas de fim de ano em uma mansão no Guarujá, litoral paulista. “E o meu direito de viver com a minha filha, de vê-la na escola e se formando como profissional?”, questionou.
Ela acrescentou: “Tenho que lutar pela memória dela enquanto ele luta pelo eterno conforto dele, enquanto eles vivem pedindo benefícios. Parece que tudo isso não aconteceu com a filha dele, isso é o que me deixa mais indignada.”
Sobre as saídas temporárias concedidas em datas comemorativas, a vereadora criticou a medida. “É um benefício absurdo. Poder sair no Dia dos Pais, sair no Dia das Crianças? O pai que comete um crime sai no Dia dos Pais, mas cadê a filha? Ele matou a filha. É uma afronta.”