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Microplásticos: estudo mostra presença das partículas em chás

2 jan 2025 - 21h41
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Um estudo relevante realizado pela PlasticHeal trouxe à tona um fato alarmante: microplásticos presentes em saquinhos de infusão, incluindo os populares saquinhos de chá, podem penetrar nas células intestinais humanas. As descobertas sugerem que essas partículas não só são absorvidas pelo intestino, mas também têm potencial para alcançar a corrente sanguínea, levantando preocupações sobre seu impacto na saúde humana.

Foto: depositphotos.com / serezniy / Perfil Brasil

A presença de microplásticos no meio ambiente já é um problema reconhecido, mas a ideia de que esses contaminantes possam estar presentes em produtos de consumo diário, como chá, acentuou o debate em torno da segurança alimentar. Este estudo destacou como embalagens de alimentos, um dos grandes vilões da contaminação, liberam microplásticos e nanoplásticos durante o uso cotidiano.

Como os saquinhos de chá contribuem para a contaminação por microplásticos?

A pesquisa conduzida na Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) destacou que diversos tipos de saquinhos de chá disponíveis no mercado liberam partículas nanométricas ao serem utilizados. As variedades estudadas incluíam polímeros como náilon-6, polipropileno e celulose, sendo todas elas fontes significativas de microplásticos.

Estima-se que um saquinho de chá feito de polipropileno possa liberar cerca de 1,2 bilhão de partículas por mililitro de infusão. A celulose, por sua vez, emite aproximadamente 135 milhões de partículas, enquanto o náilon-6 contribui com cerca de 8,18 milhões de partículas. Essas partículas variam em tamanho e são identificadas utilizando técnicas como microscopia eletrônica e espectroscopia infravermelha.

Quais são os riscos à saúde?

Os cientistas da UAB foram além na investigação sobre a interação de microplásticos com o organismo humano. Em laboratório, células intestinais humanas foram expostas às partículas, revelando que estas conseguem não apenas ser absorvidas, mas também alcançar o núcleo celular. Esses achados sugerem que o muco intestinal desempenha um papel significativo na absorção dos contaminantes.

A internalização dos microplásticos levanta preocupações sobre suas possíveis consequências para a saúde, especialmente em exposições prolongadas. Estudos adicionais são essenciais para compreender os efeitos sistêmicos desses contaminantes e desenvolver métodos eficazes para mitigar seus impactos.

Como minimizar a contaminação por microplásticos?

Os resultados do estudo reforçam a urgência na criação de políticas que regulamentem o uso de materiais plásticos em contato com alimentos. O desenvolvimento de métodos padronizados para testar a presença de microplásticos é crucial para assegurar que novas regulamentações sejam baseadas em evidências sólidas.

Além das regulamentações, alternativas sustentáveis aos plásticos tradicionais são necessárias. A inovação no design de embalagens e a adesão a normas menos permissivas quanto ao uso de polímeros são etapas importantes para minimizar a exposição humana a esses contaminantes emergentes.

Perfil Brasil
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