Míssil do Iêmen atinge Israel; Netanyahu diz que "não deixará barato"
Grupo dos Houthis, apoiados pelo Irã e em controle do norte do Iêmen, assumiu autoria do disparo; tensões aumentam no Oriente Médio
O grupo dos Houthis, que controla o norte do Iêmen, assumiu a autoria do disparo de um míssil contra o centro de Israel na manhã desta domingo (15). O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, por sua vez, disse que o país "não deixará barato".
O porta-voz militar do movimento, Yahya Sarea, afirmou que o ataque foi realizado com um novo míssil balístico hipersônico. Ele acrescentou, ainda, que Israel deveria se preparar para mais ofensivas, já que o ataque de 7 de outubro está próximo de completar um ano.
Após percorrer 2 mil quilômetros em 11 minutos, o projétil caiu em uma área aberta, segundo as Forças de Defesa de Israel. Depois, os militares afirmaram que o míssil provavelmente havia se fragmentado no ar, com pedaços encontrados em campos e perto de uma estação ferroviária. Não há relatos de feridos.
Tel Aviv soou as sirenes de ataque aéreo por volta das 6h35 no horário local. Residentes procuraram abrigo, e ouviram altos estrondos.
Retaliação pelo míssil
Em uma reunião semanal de gabinete, Netanyahu afirmou que os Houthis já deveriam que Israel "não deixaria barato". "Quem precisa de um lembrete disso está convidado a visitar o porto de Hodeida", disse. A fala é uma referência é um ataque aéreo de retaliação feito por Israel contra o Iêmen em julho deste ano após um drone do grupo atingir Tel Aviv.
Além disso, Netanyahu declarou que Israel tem como objetivo mudar a situação em sua fronteira com o Líbano. Israel e Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, tem trocado tiros no local desde o início do conflito em Gaza.
O Hezbollah iniciou ataques contra o norte de Israel um dia após o ataque do Hamas, em 7 de outubro, no sul. Comunidades a cerca de 3 quilômetros da fronteira com o Líbano foram rapidamente evacuadas, e aproximadamente 60 mil israelenses permanecem deslocados desde esse evento.
