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Mito ou Fato?

Eleitor que denunciou "fraude" errou ordem de votação

Em vídeo que circulou nas redes, eleitor dizia aparecer nulo ao tentar votar em Bolsonaro, mas a urna pedia primeiro o voto para governador

28 out 2018 - 13h20
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Circula nas redes sociais vídeo de um eleitor denunciando uma suposta "falsificação" em sua urna eletrônica. Ele filma sua votação e mostra que, ao apertar o número 17, do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, aparece na tela a expressão "voto nulo". Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:

Foto: Agência Lupa

"Eu, Paulo Roberto Duarte Pereira, apertei no 17, Bolsonaro, está aparecendo 'nulo' aqui. (…) Vocês estão falsificando as urnas. Dezessete está aparecendo nulo"

Fala de eleitor em vídeo que viralizou no Facebook e que já tinha mais de 5 mil compartilhamentos (aqui, aqui e aqui) até as 11h30 do dia 28 de outubro de 2018

FALSO

O vídeo analisado pela Lupa fala sobre uma suposta fraude na urna eletrônica. De acordo com o eleitor que aparece no vídeo e que se identifica como Paulo Roberto Duarte Pereira, ao digitar o número 17, do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, seu voto aparecia como "nulo". No entanto, na mesma gravação, é possível observar - com clareza - que, nesse mesmo momento, a urna pedia o número do candidato a governador - não os dígitos de presidente. Veja abaixo:

Foto: Agência Lupa

A publicação original, que chegou a ter 1.494 compartilhamentos, foi retirada do ar em poucos minutos. Mas, a partir dela, outras páginas passaram a postar o mesmo conteúdo.

No primeiro turno, o Tribunal Superior Eleitorl (TSE) emitiu nota chamando atenção do eleitor para a ordem correta dos votos e como isso poderia levar a interpretações equivocadas sobre fraude nas urnas. Procurado nesta manhã de domingo (28), o órgão remeteu a Lupa ao posicionamento do primeiro turno.

Ainda vale lembrar que fotografar ou filmar a urna eletrônica é crime, por violar o sigilo do voto, segundo o Código Eleitoral. A lei estabelece que é proibido "portar aparelho de telefonia celular, máquinas fotográficas e filmadoras, dentro da cabina de votação". / Cristina Tardáguila

Neste sábado e domingo a equipe da Agência Lupa se uniu a outras quatro agências de checagens de notícias no Brasil para checar as mensagens de conteúdo suspeito nesta reta final das eleições. A ideia de juntar forças é para ganhar mais agilidade e aumentar o alcance das checagens. A parceria reúne o Fato ou Fake, Projeto Comprova, Lupa, Boatos.org e E-Farsas.

*Nota: esta reportagem faz parte do projeto de verificação de notícias no Facebook. Dúvidas sobre o projeto? Entre em contato direto com o Facebook.

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