#Verificamos: Bolsonaro não pediu votos para Aécio e Pezão
Tweet divulgado nas redes sociais como se fosse do presidente eleito é falso
Circula nas redes sociais um suposto tweet do presidente eleito Jair Bolsonaro no qual ele defendia a reeleição do governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão (MDB), em 2014, e do então candidato à presidência Aécio Neves (PSDB). Entre as pessoas que publicaram essa informação está o deputado federal eleito Marcelo Freixo (PSOL).
Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:
"O povo do Rio de Janeiro deve dar uma chance a Pezão como governador para ele dar continuidade ao legado de investimentos iniciado por Cabral. Com relação ao 2.º turno da eleição federal, Aécio representa a honestidade que o Brasil precisa. #Aecio45 #Pezao15"
Suposto tweet do presidente eleito Jair Bolsonaro, com mais de 2,2 mil compartilhamentos no Twitter e mais de 4 mil compartilhamentos no Facebook.
O tweet de Bolsonaro é uma montagem. A Lupa procurou todos os tweets do presidente eleito durante o período eleitoral de 2014, e não há nenhuma publicação com as hashtags #Aecio45 e #Pezao15. Além disso, o tweet tem 257 caracteres. Até novembro de 2017, o limite máximo de tamanho de uma publicação no Twitter era de 140 caracteres - atualmente, o limite é de 280.
Apesar da publicação ser falsa, vale destacar que Bolsonaro declarou voto no tucano e no peemedebista no segundo turno das eleições de 2014. Pezão derrotou Marcelo Crivella (PRB) na ocasião, enquanto Aécio foi derrotado por Dilma Rousseff (PT).
Em nota, Freixo informou que apagou a montagem de suas redes sociais. "Jair e Flávio Bolsonaro de fato apoiaram a eleição de Pezão e eram filiados a partido da base de apoio do MDB (…). Diante do conhecido posicionamento político da família Bolsonaro em relação a Pezão e dos detalhes técnicos identificados na publicação, não foi possível reconhecer que se trata de uma montagem. Ao confirmar a informação, a publicação foi imediatamente apagada das nossas redes".
*Nota: esta reportagem faz parte do projeto de verificação de notícias no Facebook. Dúvidas sobre o projeto? Entre em contato direto com o Facebook.