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Mito ou Fato?

#Verificamos: Urnas não foram ajustadas para hora de verão

28 out 2018 - 14h19
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Circulam em redes sociais publicações que afirmam que as urnas eletrônicas usadas no segundo turno da eleição estão programadas para funcionar no horário de verão e, por conta disso, os votos feitos antes das 9h e depois das 16h não seriam computados. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa - feito também pelo Fato ou Fake:

Foto: Agência Lupa

"Adiar o horário de verão foi uma jogada dos picaretas (…) as urnas estão programadas para o horário d (sic) verão. Sendo assim todos os votos computados antes das 9 e após as 16 hrs se perderão"

Texto em publicação no Facebook com mais de 160 compartilhamentos (aqui e aqui) até as 13h do dia 28 de outubro de 2018

Falso

Neste ano, o início do horário de verão em 10 estados brasileiros e no Distrito Federal está programado para ocorrer no dia 4 de novembro - depois do segundo turno. Nos últimos anos, o horário de verão começou em outubro, mas a decisão sobre o adiamento se deu justamente para que ele não coincidisse com o segundo turno das eleições.

Em nota ao Fato ou Fake, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que as "urnas não estão programadas para entrar no horário de verão antecipadamente, mas, sim, para funcionar no horário oficial"

O Código Eleitoral determina que a votação ocorra das 8h às 17h, pelo horário local, tanto no primeiro, quanto no segundo turno. Ainda de acordo com o TSE, "devido aos quatro fusos horários observados no país, a votação não se inicia nem se encerra de modo concomitante em todo o território nacional, e o horário de verão contribui para agravar essa situação."

Verificações semelhantes também foram feitas por Comprova e Aos Fatos.

Neste sábado e domingo a equipe da Agência Lupa se uniu a outras quatro agências de checagens de notícias no Brasil para checar as mensagens de conteúdo suspeito nesta reta final das eleições. A ideia de juntar forças é para ganhar mais agilidade e aumentar o alcance das checagens. A parceria reúne o Fato ou Fake, Projeto Comprova, Lupa, Boatos.org e E-Farsas.

*Nota: esta reportagem faz parte do projeto de verificação de notícias no Facebook. Dúvidas sobre o projeto? Entre em contato direto com o Facebook.

Natália Leal

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