Motorista de aplicativo faz parto de passageira dentro do carro: 'Só deu tempo de puxar o freio de mão'
Caso aconteceu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na última segunda-feira, 14
Era a terceira tentativa de Luzimary dos Reis para conseguir uma corrida por aplicativo. Outros dois condutores já haviam cancelado e ela não tinha tempo a perder: estava em trabalho de parto. Quem finalmente aceitou foi o motorista Emilson Cipriano. Ele só não esperava que o bebê fosse nascer no banco de trás do carro, em frente ao Hospital Geral de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. O caso foi contado pela TV Globo.
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A situação inusitada aconteceu na última segunda-feira, 14. O motorista de aplicativo Emilson Cipriano tinha começado o dia e estava apenas em sua terceira corrida quando precisou atender uma passageira em trabalho de parto.
Com receio de ter a corrida cancelada mais uma vez, Luzimary fez um pedido ao condutor: "Eu aceitei e ela veio no chat: ‘Moço, por favor, não cancela!’ Porque estava em trabalho de parto. Eu acelerei meu carro e fui em direção a ela. Vi que o portão da casa dela demorou a abrir. Eu fiquei ansioso. E ela veio devagar, já com a bolsa rompida e molhada”, relembrou Emilson.
Por sorte ou destino, o motorista tinha experiência na área da saúde. Emilson é técnico em enfermagem e conseguiu realizar o parto com seu conhecimento, mesmo não atuando mais na profissão.
“Ela falando: ‘Vai nascer! Vai nascer!’ E eu perguntei as contrações, e estava em menos de 5 minutos. Ia nascer e eu fiquei com medo de acontecer alguma coisa com a mãe e a bebê”, contou.
Desesperado com a situação, o motorista resolveu parar na 58ª DP (Posse) e pediu a ajuda dos policiais, que lhe deram luvas e abriram caminho até o hospital. Foi por pouco. Emilson e Luzimary até conseguiram chegar na porta do Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital da Posse, na Baixada Fluminense, mas o parto teve que ser feito no carro.
Ao perceber que não dava mais tempo, o motorista colocou as luvas e começou o trabalho. “Quando olhei para trás, o bebê estava nascendo, só deu tempo de puxar o freio de mão, calçar a luva, correr para trás, fazer o parto e o Vitor [policial civil que o ajudou] correu para chamar as enfermeiras”, disse.
Apesar do susto e do improviso, a mãe e o bebê estão bem. Luzimary e a criança foram imediatamente transferidos para a Maternidade Mariana Bulhões.