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Mulher morre ao contrair raiva humana após mordida de animal

Mulher de 56 anos morre após contrair raiva humana; caso aconteceu no Agreste de Pernambuco e é o primeiro em oito anos

13 jan 2025 - 09h57
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Mulher morre ao contrair raiva humana após mordida de animal
Mulher morre ao contrair raiva humana após mordida de animal
Foto: Reprodução/Unsplash / Contigo

No último sábado (11), uma mulher de 56 anos, residente em Santa Maria do Cambucá, no Agreste de Pernambuco, morreu em decorrência de complicações provocadas pela raiva humana. O falecimento ocorreu no Hospital Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco (HUOC/UPE), onde a vítima estava internada em estado crítico após ser mordida por um sagui.

Como ela foi atacada?

A confirmação do caso foi realizada pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES) na quarta-feira (8), marcando a primeira ocorrência de raiva humana no estado após um intervalo de oito anos sem registros. A mulher foi atacada pelo primata enquanto este se aproximava da área urbana, possivelmente fugindo de queimadas que afetavam a região.

Ela recebeu atendimento médico no dia 31 de dezembro, apresentando sintomas iniciais como dormência e fraqueza, que rapidamente se agravaram. Em 2 de janeiro, seu estado se deteriorou com o aparecimento de sintomas neurológicos severos, incluindo agitação e insuficiência respiratória, levando à necessidade de ventilação mecânica.

Gravidade da raiva humana

O Instituto Pasteur, localizado em São Paulo, confirmou que o vírus identificado na paciente tinha origem silvestre, proveniente do sagui que a atacou. Eduardo Bezerra, diretor-geral de Vigilância Ambiental da SES, enfatizou a gravidade da situação, alertando que animais silvestres não são vacinados contra a raiva e representam um risco significativo à saúde pública.

Historicamente, entre 2010 e 2024, o Brasil registrou 48 casos de raiva humana. Dentre esses, 9 foram atribuídos a mordidas de cães, 24 a morcegos, 6 a primatas não-humanos como o sagui envolvido nesta tragédia, além de ocorrências com raposas e felinos.

Como evitar a raiva humana?

A profilaxia imediata após exposição ao vírus é crucial para prevenir a progressão da doença. Recomenda-se que pessoas mordidas por animais silvestres busquem atendimento médico imediato para a administração da vacina antirrábica e soro antirrábico quando necessário. Além disso, a vacinação regular de cães e gatos é uma estratégia vital para mitigar os riscos da raiva.

A raiva é uma infecção viral extremamente grave com uma taxa de letalidade próxima de 100% uma vez que os sintomas clínicos se manifestam. A transmissão ocorre majoritariamente através de mordidas ou arranhões por animais infectados. No caso da mulher pernambucana, a infecção foi transmitida pela mordida do sagui.

Quais os sintomas da raiva humana?

Os primeiros sinais da doença podem surgir entre 2 e 10 dias após a infecção e incluem febre baixa, mal-estar geral e dor de cabeça. Com o avanço da enfermidade, sintomas mais graves podem se desenvolver, como dificuldades respiratórias e paralisia, levando ao coma.

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