Mulher suspeita por morte do filho de 53 dias, teve outro bebê que morreu com 39 dias
Em 2022, mulher que é suspeita por morte de filho de apenas 53 dias, teve outro filho recém-nascido que morreu
Thalita Ariel Freitas de Camargos, de 25 anos, e Paulo Ricardo Borges Bernardo, de 22, foram presos como suspeitos pela morte de seu filho recém-nascido, Micael Benício Freitas Bernardo, em Franca (SP). O caso ocorreu em 27 de outubro, quando o bebê de apenas 53 dias foi levado à Santa Casa da cidade com parada cardiorrespiratória e hematomas no corpo, além de fraturas no crânio e costelas, conforme constataram exames. A Polícia Militar foi chamada devido à suspeita de violência infantil.
SEGUNDA VEZ
Segundo o g1, esse não foi o primeiro episódio trágico envolvendo Thalita e seus filhos. Em 2022, seu primeiro bebê morreu com apenas 39 dias. Thalita alegou que encontrou o menino "com o corpo frio" após um banho e um sono. Na época, o boletim de ocorrência registrou o caso como "morte natural" e mencionou que o bebê teria problemas respiratórios. Contudo, detalhes como manchas roxas no corpo, já presentes quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou, levantaram questões.
Com a prisão do casal, a investigação do caso Micael se intensificou, ocorrendo dentro do escopo da Lei Henry Borel. Essa lei, sancionada em 2022, prevê medidas rigorosas para proteger crianças e adolescentes contra a violência e trata o assassinato de menores de 14 anos como crime hediondo. Os autos do processo registram o histórico e os depoimentos contraditórios de Thalita e Paulo sobre o ocorrido.
VERSÃO DOS ACUSADOS
Thalita alega inocência e diz que está em luto pelo bebê. Em sua versão, ela teria deixado Micael aos cuidados do marido para votar. Ao retornar, encontrou o bebê em condição crítica e chamou o Samu, que levou a criança ao hospital. Paulo, por sua vez, afirma que deixou Micael cair acidentalmente enquanto lhe dava banho.
Esse novo caso levanta suspeitas, e a polícia busca entender a causa dos ferimentos encontrados em Micael, pois as fraturas e hematomas são compatíveis com lesões causadas por agressão. Até o momento, Paulo não constituiu defesa, e Thalita permanece em detenção. A investigação segue com expectativa de mais exames para esclarecer o que provocou a morte do bebê.