Mulher vai a júri por aplicar silicone industrial e causar morte de jovem no RS
A aplicação do silicone industrial foi nas nádegas e no quadril da vítima e, passadas algumas horas do procedimento, ela passou mal e teve de ser encaminhada para o hospital, onde veio a óbito
Uma mulher de 40 anos irá a julgamento em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, acusada de realizar um procedimento estético clandestino que resultou na morte de uma jovem de 20 anos.
A aplicação do silicone industrial foi nas nádegas e no quadril de Mélani Danielly Aguiar Maia e, passadas algumas horas do procedimento, ela passou mal e teve de ser encaminhada para o Hospital Santa Cruz. A morte ocorreu no dia 31 de agosto de 2020. A ré responde ao processo em liberdade.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), a mulher aplicou silicone industrial na vítima, em condições precárias e sem a devida qualificação profissional. A substância, destinada à indústria e altamente tóxica para o corpo humano, causou uma infecção generalizada que culminou na morte da jovem.
O caso, que ocorreu em agosto de 2020, expõe os perigos da busca por procedimentos estéticos em locais não regulamentados e por profissionais não habilitados. A aplicação de silicone industrial, em particular, é uma prática ilegal e extremamente arriscada, capaz de causar danos irreversíveis à saúde e até mesmo a morte.
O julgamento está marcado para esta quinta-feira (8). O promotor de Justiça Gustavo Burgos de Oliveira, responsável pela acusação, ressalta a importância de condenar a acusada como forma de prevenir novos casos e conscientizar a população sobre os perigos da aplicação de substâncias não autorizadas no corpo humano.