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5 coisas da vida privada do líder da Coreia do Norte que você talvez não saiba

Kim Jong-un cresceu isolado das outras crianças, passou adolescência na Europa, é fã de Michael Jordan, gosta de animes japoneses e uísque e, segundo ex-chef desertor, já demonstrou compaixão.

22 abr 2018 - 14h15
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O rosto dele aparece quase diariamente nas manchetes de jornais de todo o mundo, mas o que se sabe realmente Kim Jong-un?

Apesar de sua importância política no momento, o jovem líder norte-coreano continua um grande mistério.

Não se sabe, por exemplo, nem a verdadeira data de seu aniversário, mas as histórias de seus colegas de escola na infância ou de outros desertores norte-coreanos lançam um pouco de luz sobre sua figura.

A BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, compilou cinco fatos sobre a vida de Kim Jong-un, que deve se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas próximas semanas.

Kim cresceu isolado de outras crianças
Kim cresceu isolado de outras crianças
Foto: Reuters / BBC News Brasil

1. Um "príncipe" isolado

Kim Jong-un, que teria nascido entre 1982 e 1983, passou uma infância luxuosa, sempre tratado como uma espécie de príncipe.

"Eles viviam em mansões enormes, tinham uma vida privilegiada de extrema abundância, mas muito isolados ... Mesmo de outras crianças de elite da mesma idade", diz à BBC Mundo Michael Madden, diretor do site NK Leadership Watch, especializado em Coreia do Norte.

Um ex-guarda-costas de Kim Jong-Il, pai do atual líder, descreveu a mesma situação em uma entrevista à rede americana ABC.

"Ele estava estressado e não tinha ninguém da idade dele para brincar", disse Lee em Toronto em 2017. "Havia apenas adultos, que educaram e brincaram com ele".

Nas poucas fotografias que o regime publicou de sua infância, Kim Jong-un pode ser visto vestido com um traje militar desde muito jovem, um símbolo de seu status.

"Ninguém poderia contatar alguém da família Kim sem a permissão deles, a punição era prisão ou execução; eles tinham que protegê-los, as crianças poderiam ser sequestradas", diz Madden.

Kim estudou em escola suíça
Kim estudou em escola suíça
Foto: AFP/Getty Images / BBC News Brasil

2. Adolescência europeia

A vida do então futuro líder norte-coreano passou por um impasse durante sua educação na Suíça.

Kim estudou no país europeu de 1996 a 2000, e inicialmente morou lá com sua tia materna e o marido dela, que desertaram em 1998 e se estabeleceram nos Estados Unidos sob outros nomes.

Durante esse período, Kim estudou com um pseudônimo e viveu uma vida mais de acordo com sua idade, de acordo com as histórias dos colegas com quem ele dividia a sala de aula.

"Ele não era alguém que causava problemas, mas era irascível e não tinha tolerância alguma", descreveu a tia, conhecida como Ko Yong Suk na Coreia do Norte, durante a entrevista na qual ela quebrou o silêncio após a deserção, ao jornal americano The Washington Post.

Os colegas, que então pensavam que ele era filho de um diplomata da embaixada da Coreia do Norte, lembram-se dele como uma criança "tímida", mas um bom amigo.

Basquete é uma das paixões do líder norte-coreano
Basquete é uma das paixões do líder norte-coreano
Foto: AFP/Getty Images / BBC News Brasil

3. Fã de Michael Jordan

"Na maioria das vezes ele era tímido, mas quando jogávamos basquete, ele se revelava, podia ser muito agressivo, mas de uma maneira positiva", disse à rede de TV árabe Al-Jazeera Marco Imhof, que na época não sabia com quem estava dividindo a quadra.

Todas as histórias de desertores e amigos da infância de Kim apontam para sua obsessão pelo basquete.

"Ele costumava dormir com a bola dele", detalhou a tia na entrevista, depois de explicar que estava tentando fazer Kim viver uma vida normal, incentivando-o a convidar amigos e a brincar com Lego.

Kim era um grande fã do jogador de basquete americano Michael Jordan e não parece ter deixado para trás seu amor pelo esporte: o ex-astro da NBA Dennis Rodman visitou o país várias vezes e ambos mantêm uma amizade controversa.

"Não entendo como as pessoas podem ir até lá e dizer: 'Essa pessoa é louca'", disse Rodman no programa de TV americano The Late Show with Stephen Colbert.

"Provavelmente ele pode ser louco, mas eu não vi isso", acrescentou o atleta.

4. Animes e uísque

Uma das curiosidades sobre o jovem líder é a idade em que ele começou a beber álcool. De acordo com o site especializado NK Leadership Watch, ele começou aos 15 anos e com uísque Johnnie Walker.

"Não é incomum para os norte-coreanos", diz Michael Madden.

Kim Jong-un também fumou desde jovem e entre seus hobbies estão assistir a animes japoneses e ouvir Michael Jackson e Madonna, acrescenta o especialista.

Parte de seus gostos vem de seu pai ou de seus irmãos, como Kim Jong-chol. O irmão mais velho do presidente norte-coreano é fã de música pop e foi flagrado enquanto assistia a um show de Eric Clapton em Londres em 2015.

Desde cedo, sabe-se que Kim aprendeu a tocar instrumentos, incluindo violão, que toca "muito bem", diz Madden.

Ex-chef japonês que desertou da Coreia do Norte, Kenji Fujimoto diz que Kim Jong-un o perdoou
Ex-chef japonês que desertou da Coreia do Norte, Kenji Fujimoto diz que Kim Jong-un o perdoou
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

5. Benevolente?

Em meio às escassas informações que existem sobre Kim Jong-un, um chef japonês tem um papel fundamental.

O cozinheiro, que trabalhou por mais de uma década para o pai de Kim e conheceu o atual líder, fugiu da Coreia do Norte em 2001 e desde então publicou vários livros sobre a elite norte-coreana sob o pseudônimo de Kenji Fujimoto.

Ele escapou durante uma viagem ao Japão - uma das muitas viagens ao exterior às quais foi mandado para comprar artigos de luxo, como caviar - e temia que os agentes norte-coreanos se vingassem de sua fuga.

Mas Kim Jong-un lhe mostrou uma face diferente do regime.

Em 2012, Fujimoto retornou a Pyongyang a convite do líder que havia conhecido aos 7 anos e ficou agradavelmente surpreso, como ele próprio explicou quando retornou da viagem.

"Disse a Kim Jong-un em coreano: "Eu, Fujimoto, o traidor, voltei", segundo uma entrevista ao The Washington Post em 2016.

"Está tudo bem, está tudo bem", respondeu o jovem líder, e, em seguida, os dois se abraçaram, advoga Fujimoto.

Embora algumas das histórias do chef sejam questionadas, há um aspecto com o qual os especialistas concordam: Kenji Fujimoto previu que Kim Jong-un ascenderia ao poder na Coreia do Norte.

Ele diz ter sentido que o atual líder norte-coreano sempre foi o favorito de seu pai, mesmo quando outros apontavam para outros possíveis sucessores.

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