A 1ª entrevista dos 'Javalis Selvagens' após o resgate de caverna na Tailândia: 'Tentamos escavar em busca de saída'
Meninos resgatados de caverna dão coletiva e descrevem momento em que foram encontrados por mergulhadores.
Os 12 meninos tailandeses e seu técnico de futebol resgatados da caverna da Tailândia fazem nesta quarta-feira sua primeira aparição pública desde que deixaram o hospital.
Em uma entrevista coletiva, os garotos da equipe "Javalis Selvagens" apareceram sorrindo e brincando com bolas, ao lado dos "Navy Seals" tailandeses que os resgataram.
Eles devem voltar para suas respectivas casas em seguida.
Um dos meninos descreveu o momento em que eles foram encontrados pelos mergulhadores, após duas semanas presos nas cavernas:
"O técnico falou para a gente ficar quieto, porque ouviu alguém chegando. Então um de nós foi ali ver. A gente estava com medo. Peguei a lanterna e (...) foi quando os mergulhadores apareceram. Não sabia o que dizer a não ser 'olá'!".
"Foi um milagre", afirmou Adul Sam-on, de 14 anos. "Fomos negligentes com nossas vidas (ao entrar na rede de cavernas). Não sabíamos o que ia acontecer e não sabíamos o futuro. Seremos mais cautelosos, e vou viver minha vida plenamente."
Eles contam que passavam o tempo jogando damas e tentavam escavar as paredes da caverna em busca de uma saída, sem sucesso.
"Quando tínhamos tempo, escavávamos a caverna com pedras. Escavamos 3 ou 4 metros", contou outro.
Segundo o técnico Ekkapol Chantawong, "sentíamos que precisávamos fazer algo, e não apenas esperar ajuda. Então nos revezávamos para cavar. Bebíamos água até ficar cheios antes de escavar."
Todos também lamentaram a morte do primeiro mergulhador tailandês que tentou resgatá-los.
"Sentimos muito. Ficamos impressionados que ele tenha sacrificado sua vida para nos salvar, para que pudéssemos viver. Ficamos chocados ao saber da notícia (da morte). Ficamos muito tristes. Sentimos que causamos tristeza a sua família", disse o técnico.
Como aprendizado, o técnico afirmou que ele e os jovens viverão "cuidadosamente, e não de forma imprudente. Vamos checar antes de fazer qualquer coisa".
"Aprendi muito com esse desastre", agregou um dos meninos. "Serei uma boa pessoa para a sociedade."
Outro menino afirmou que se sente "mais forte" e sonha em virar um jogador de futebol profissional.
"Esse episódio é a maior experiência que já enfrentei. Me ensinou a ser mais paciente e forte, a não desistir facilmente", agregou outro deles.