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A tecnologia usada para descobrir segundo maior diamante do mundo

Uma pedra de 2.492 quilates foi encontrada em Botsuana, na maior descoberta desde o diamante Cullinan em 1905.

22 ago 2024 - 15h03
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Botsuana é um dos maiores produtores de diamantes do mundo
Botsuana é um dos maiores produtores de diamantes do mundo
Foto: Lucara Diamond / BBC News Brasil

O segundo maior diamante já descoberto, uma pedra bruta de 2.492 quilates, foi recentemente desenterrado em Botsuana, na mina Karowe, de propriedade da empresa canadense Lucara Diamond.

Essa descoberta impressionante, a maior desde o diamante Cullinan de 3.106 quilates em 1905, foi possível graças à tecnologia avançada que desempenha um papel crucial na preservação dessas valiosas pedras.

O diamante foi detectado usando a tecnologia de recuperação de mega diamantes por raios X (Mega Diamond Recovery, MDR) da Lucara.

Introduzido em 2017, esse sistema inovador foi projetado especificamente para identificar e proteger diamantes de alto valor durante o processo de mineração.

Tradicionalmente, grandes diamantes correm o risco de serem danificados ou até destruídos durante o processo de britagem de minérios — quando equipamentos são usados para reduzir o tamanho das rochas e minerais extraídos.

No entanto, a tecnologia MDR da Lucara utiliza raios X para escanear e detectar os diamantes antes dessa etapa, garantindo que essas preciosas pedras permaneçam intactas.

William Lamb, chefe da Lucara Diamond, expressou a empolgação da empresa com a descoberta, descrevendo o diamante de 2.492 quilates como "um dos maiores diamantes brutos já encontrados."

Embora os detalhes sobre a qualidade e o valor da gema ainda não tenham sido divulgados, a importância dessa descoberta destaca a eficácia da tecnologia avançada utilizada.

A mina Karowe, localizada a cerca de 500 km ao norte da capital de Botsuana, Gaborone, é conhecida por suas grandes descobertas de diamantes.

Em 2019, a mina também produziu um diamante de 1.758 quilates, que anteriormente era o maior já encontrado em Botsuana.

A pedra foi comprada pela marca de moda francesa Louis Vuitton por uma quantia não revelada.

Um diamante de 1.109 quilates, descoberto na mesma mina em 2016, foi comprado por US$ 53 milhões (cerca de R$ 300 milhões em valores atuais) pelo joalheiro londrino Laurence Graff, presidente da Graff Diamonds, em 2017.

Botsuana, um dos principais produtores de diamantes do mundo, contribui com cerca de 20% da produção global.

A descoberta desse diamante colossal reforça ainda mais a posição do país na indústria mundial de diamantes.

Enquanto a Lucara Diamond continua a operar e possuir integralmente a mina Karowe, o governo de Botsuana está considerando uma lei que exigiria que as empresas com licenças de mineração vendessem uma participação de 24% a empresas locais, caso o governo não exerça sua opção de se tornar acionista.

O maior diamante do mundo, o Cullinan, de 3.106 quilates, foi encontrado em 1905 na África do Sul e cortado em nove pedras separadas, muitas das quais estão nas Joias da Coroa Britânica.

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