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Acordo entre EUA e Iraque prevê retirada de centenas de tropas no 1º ano, dizem fontes

6 set 2024 - 14h02
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Estados Unidos e Iraque chegaram a um entendimento sobre os planos para a retirada das forças da coalizão liderada pelos norte-americanos do país do Oriente Médio, de acordo com diversas fontes familiarizadas com o assunto.

O plano, que foi amplamente aceito, ainda requer aprovação final de ambas as partes e uma data de anúncio. Ele prevê a saída de centenas de tropas até setembro de 2025, com o restante partindo até o fim de 2026, disseram as fontes.

"Temos um acordo, agora é só uma questão de quando anunciá-lo", disse uma alta autoridade dos EUA.

EUA e Iraque também estão buscando estabelecer uma nova relação de consultoria que poderia fazer com que algumas tropas norte-americanas permanecessem no país após a retirada.

Um anúncio oficial estava inicialmente agendado para semanas atrás, mas foi adiado devido à escalada regional relacionada à guerra de Israel em Gaza e para resolução de alguns detalhes restantes, disseram as fontes.

As fontes incluem cinco autoridades norte-americanas, duas autoridades de outros países da coalizão e três autoridades iraquianas, todas falando sob condição de anonimato, pois não estavam autorizadas a discutir o assunto publicamente.

Várias fontes disseram que o acordo pode ser anunciado este mês.

Farhad Alaaldin, assessor de relações exteriores do primeiro-ministro iraquiano, disse que as negociações técnicas com Washington sobre a retirada da coalizão foram concluídas.

"Estamos agora prestes a levar o relacionamento entre o Iraque e os membros da coalizão internacional a um novo patamar, com foco nas relações bilaterais nas áreas militar, de segurança, econômica e cultural", disse.

Ele não comentou detalhes do plano. A coalizão liderada pelos EUA não respondeu às perguntas enviadas por e-mail.

O acordo ocorre após mais de seis meses de negociações entre Bagdá e Washington, iniciadas pelo primeiro-ministro Mohammed Shia al-Sudani em janeiro, em meio a ataques de grupos armados iraquianos apoiados pelo Irã contra forças dos EUA estacionadas em bases na região.

Os ataques com foguetes e drones mataram três soldados norte-americanos e feriram dezenas de outros, resultando em várias rodadas de retaliações mortais dos EUA, que ameaçaram os esforços do governo para estabilizar o Iraque após décadas de conflito.

Os EUA têm aproximadamente 2.500 soldados no Iraque e 900 na vizinha Síria, como parte da coalizão formada em 2014 para combater o Estado Islâmico, enquanto o grupo devastava os dois países.

O Estado Islâmico já controlou cerca de um terço do Iraque e da Síria. O grupo foi derrotado territorialmente no Iraque no final de 2017 e na Síria em 2019. O Iraque demonstrou sua capacidade de lidar com qualquer ameaça remanescente, disse Alaaldin.

Os EUA invadiram o Iraque inicialmente em 2003, derrubando o ditador Saddam Hussein antes de se retirarem em 2011, mas retornaram em 2014 à frente da coalizão para combater o Estado Islâmico.

Outras nações, incluindo Alemanha, França, Espanha e Itália, também contribuem com centenas de tropas para a coalizão.

Segundo o plano, todas as forças da coalizão deixariam a base aérea de Ain al-Asad, na província ocidental de Anbar, e reduziriam significativamente sua presença em Bagdá até setembro de 2025.

Espera-se que tropas dos EUA e de outras coalizões permaneçam em Erbil, na região semiautônoma do norte do Curdistão, por aproximadamente mais um ano, até o fim de 2026, para facilitar as operações em andamento contra o Estado Islâmico na Síria.

Detalhes exatos dos movimentos das tropas estão sendo mantidos em segredo devido à sensibilidade militar.

A redução marcaria uma mudança notável na postura militar de Washington na região.

Embora focados principalmente em combater o Estado Islâmico, autoridades norte-americanas reconhecem que sua presença também serve como uma posição estratégica contra a influência iraniana.

Essa posição se tornou mais importante à medida que Israel e Irã intensificam seu confronto regional, com forças dos EUA no Iraque abatendo foguetes e drones disparados contra Israel nos últimos meses, de acordo com autoridades norte-americanas.

O primeiro-ministro al-Sudani declarou que, embora aprecie a ajuda, as tropas norte-americanas se tornaram um ímã para a instabilidade, sendo alvos frequentes e respondendo com ataques muitas vezes não coordenados com o governo iraquiano.

O acordo, quando anunciado, provavelmente representará uma vitória política para al-Sudani, que equilibra a posição do Iraque como aliado de Washington e Teerã. A primeira fase da retirada terminaria um mês antes das eleições parlamentares iraquianas, marcadas para outubro de 2025.

Para os EUA, o prazo de dois anos oferece "uma margem de manobra", permitindo possíveis ajustes caso a situação regional mude, disse uma autoridade norte-americana.

O Departamento de Estado e a embaixada dos EUA em Bagdá não responderam aos pedidos de comentários.

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