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'Açougueiro', 'olhos assassinos': ex-agente que interrogou Yahya Sinwar descreve chefe do Hamas como 'cruel'

Sinwar, morto por Israel na última quinta-feira, havia sido interrogado por Michael Koubi durante 180 horas

18 out 2024 - 08h45
(atualizado às 09h22)
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Resumo
Ex-oficial da inteligência israelense descreve o líder do Hamas como homem cruel e com olhos assassinos. Ele foi morto pelas forças israelenses na cidade de Rafah.
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O chefe do Hamas era homem "cruel" e com "olhos assassinos", afirmou o ex-oficial da inteligência israelense, Michael Koubi, que o havia interrogado por 180 horas dentro de uma prisão.

O líder do Hamas foi o idealizador do ataque de 7 de outubro de 2023 que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza. Ele foi morto pelas forças israelenses, na última quinta-feira, 16, durante uma operação terrestre de militares de Israel na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Na ocasião, três militantes do Hamas foram mortos.

Conforme Koubi falou, em entrevista ao New York Post, não haveria a possibilidade de um acordo pela libertação dos reféns enquanto Sinwar estivesse vivo. "Eu vi um homem com olhos assassinos, cheio de ódio", disse o ex-agente.

Koubi passou 180 horas interrogando Sinwar dentro de uma prisão. O chefe do Hamas chegou a ser preso no fim da década de 1980 e ficou 23 anos detido, até ser libertado em 2011 em troca de um soldado de Israel sequestrado pelo Hamas. 

Para Koubi, a liberação de Sinwar foi um erro, porque, segundo ele, o único e verdadeiro objetivo de Sinwar seria matar todos os judeus. O líder do Hamas nunca concordaria com um cessar-fogo, disse.

O perfil de Sinwar sempre foi de um homem interessado nas mortes. "Mesmo depois de tudo que ouvi em minha carreira, fiquei chocado com o que ele estava me contando (...) Como alguém pode ser tão horrível? Como pode um homem ser tão cruel?". 

Segundo Koubi, Sinwar se orgulhava do apelido de “açougueiro de Khan Younis” e dizia ter matado doze pessoas. Além disso, gostava de doutrinar crianças desde pequenas e visitava jardins da infância e separava as crianças em dois grupos: “palestinos” e “israelenses”. Os primeiros ganhavam facas de brinquedo para "matar" os coleguinhas do grupo oposto.

Fonte: Redação Terra
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