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Acusado de ser pró-Putin, Salvini cogita missão na Ucrânia

2 mar 2022 - 11h07
(atualizado às 11h25)
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O líder de extrema direita italiano Matteo Salvini afirmou nesta quarta-feira (2) que cogita viajar à Ucrânia, país que há uma semana é alvo de uma invasão russa.

Salvini com camiseta de Putin no Parlamento Europeu
Salvini com camiseta de Putin no Parlamento Europeu
Foto: Reprodução/Facebook / Ansa - Brasil

Historicamente amigável a Vladimir Putin, Salvini declarou em uma coletiva de imprensa que avalia a possibilidade de uma missão com a "embaixada italiana, a Cáritas e a Comunidade de Santo Egídio", entidade católica com sede em Roma.

"Estou avaliando a possibilidade técnico-logística de estar lá [na Ucrânia] presencialmente", disse Salvini, acrescentando que trabalha "em um grande movimento de paz que se contraponha à guerra".

"Não se trata de um passeio. Se eu puder dar minha minúscula contribuição indo apoiar associações humanitárias, eu o farei, mas antes vou ouvir a embaixada", afirmou.

Salvini vem sendo pressionado por outros partidos a se posicionar de forma contundente contra Putin, e não apenas por meio de um discurso genérico em defesa da paz.

O senador de extrema direita sempre criticou as sanções econômicas da União Europeia contra a Rússia, e seu partido, a Liga, tem um acordo de cooperação com a legenda de Putin, a Rússia Unida, assinado em 2017.

Além disso, aliados de Salvini são investigados por suspeita de negociar repasses russos para a Liga, algo que o senador nega repetidamente. "Nunca recebi dólares, rublos ou ienes", disse o líder de extrema direita nesta quarta-feira.

Em 2015, Salvini vestiu uma camiseta com o rosto do presidente russo durante um discurso do mandatário da Itália, Sergio Mattarella, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, e escreveu no Facebook que "trocaria dois Mattarellas por meio Putin".

Já nesta quarta, reconheceu que o presidente da Rússia "agrediu" e que o mandatário ucraniano, Volodymyr Zelensky, "está se defendendo". "Estamos assistindo a alguém que invade e a alguém que foi invadido, e nós estamos ao lado dos agredidos e invadidos", disse.

Ansa - Brasil
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