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Adolescente brasileiro e pai são mortos em bombardeio no Líbano

Mortes aconteceram em meio aos bombardeiros de Israel contra o Hezbollah na região do Vale de Beqaa

25 set 2024 - 19h34
(atualizado às 20h15)
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Israel lança nova onda de ataques aéreos no Líbano:

Um adolescente brasileiro e o pai dele foram mortos em um ataque aéreo na região do Vale do Beqaa, no Líbano, segundo apurou o Terra

As mortes aconteceram em meio aos bombardeios de Israel contra o Hezbollah nas proximidades da cidade de Kelya. A data em que o adolescente, identificado como Ali Kamal Abdallah, e seu pai, que era paraguaio, morreram não foi divulgada. 

A família morava em Foz do Iguaçu (PR) e estava em uma fábrica da família, que desabou ao ser atingida por um míssil, segundo informação divulgada pela GloboNews. A embaixada brasileira presta apoio aos familiares.

À agência de notícias Reuters, o Itamaraty informou que o governo brasileiro acompanha a situação no Líbano desde que começaram os ataques israelenses, no início desta semana, e se prepara para retirar cidadãos a brasileiros, se houver necessidade.

No entanto, como o aeroporto de Beirute se mantém aberto, ainda não está sendo considerada a necessidade de uma operação de repatriação. Cerca de 20 mil brasileiros vivem atualmente no Líbano.

Fumaça sobe sobre o sul do Líbano após ataques israelenses, em meio às hostilidades transfronteiriças entre o Hezbollah e as forças israelenses, visto de Tiro, sul do Líbano 23 de setembro de 2024
Fumaça sobe sobre o sul do Líbano após ataques israelenses, em meio às hostilidades transfronteiriças entre o Hezbollah e as forças israelenses, visto de Tiro, sul do Líbano 23 de setembro de 2024
Foto: REUTERS/Aziz Taher

Israel x Hezbollah

O conflito entre Israel e o Hezbollah já forçou o deslocamento de mais de 90 mil pessoas no Líbano desde segunda-feira, 23, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Desde segunda, quase 600 pessoas foram mortas, incluindo 50 crianças e 94 mulheres. Cerca de 1,7 mil ficaram feridas em ataques em todo o Líbano, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (ENUCAH), com informações do Ministério da Saúde libanês.

A escalada da tensão teve início na semana passada, quando ocorreram explosões de pagers e walkie-talkies ao longo de dois dias seguidos no Líbano. Na ocasião, ao menos 37 pessoas morreram e mais de 2 mil ficaram feridas.

O Líbano e o Hezbollah, grupo que também atua como um partido político, responsabilizaram Israel pela explosão dos aparelhos.

Nesta quarta-feira, o exército israelense disse que atingiu 280 alvos do Hezbollah no Líbano — um dos países mais densamente povoados do mundo, com aproximadamente 568 pessoas por m².

A capital, Beirute, concentra mais de 40% da população do país e é uma das áreas mais atingidas pelos ataques israelenses nos últimos dias.

Outra área fortemente atingida é o sul do Líbano, nas províncias do Líbano Sul e Nabatiyeh, que abrigam 18% dos cidadãos libaneses.

Fonte: Redação Terra
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