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Advogado de Trump pede que atriz pornô seja forçada a resolver caso em arbitragem

3 abr 2018 - 08h56
(atualizado às 09h09)
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O advogado pessoal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu na segunda-feira que um juiz federal force a atriz pornô Stormy Daniels a usar arbitragem para resolver uma disputa envolvendo um acordo de confidencialidade sobre uma relação sexual que ela alega ter tido com Trump.

Atriz pornô Stephanie Clifford, conhecida como Stormy Daniels, posa para fotos em Nova York 23/02/2018 REUTERS/Eduardo Munoz
Atriz pornô Stephanie Clifford, conhecida como Stormy Daniels, posa para fotos em Nova York 23/02/2018 REUTERS/Eduardo Munoz
Foto: Reuters

Stormy, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, processou o advogado pessoal de Trump, Michael Cohen, no mês passado para ser liberada de um acordo de confidencialidade que assinou em outubro de 2016 em troca de 130 mil dólares.

A Casa Branca nega que Trump tenha tido relações sexuais com Stephanie Clifford e Cohen disse que pagou a atriz com seu próprio dinheiro.

Em uma decisão judicial na segunda-feira em Los Angeles, Brent Blakely, advogado de Cohen, argumentou que o acordo incluía uma cláusula prevendo que quaisquer disputas sobre seu texto fossem resolvidas por meio de arbitragem, ao invés de em uma audiência pública.

A lei federal "dita que essa moção seja admitida, e que Clifford seja forçada à arbitragem, uma vez que ela concordou em fazê-lo consciente e voluntariamente", escreveu Blakely.

O advogado de Stephanie Clifford, Michael Avenatti, disse que a disputa deve ser resolvida em audiência pública.

"Nós vamos nos opor vigorosamente à moção que acaba de ser apresentada pelo sr. Trump e pelo sr. Cohen para que esse caso seja decidido em uma arbitragem secreta em uma sala de conferência privada, propositadamente escondida do público norte-americano", disse Avenatti em comunicado.

Avenatti tem argumentado que o acordo de confidencialidade é inválido porque Trump nunca assinou o documento. Entretanto, na decisão de segunda-feira Blakely, respondeu que o texto do acordo não especificava que Trump, usando o pseudônimo David Dennison, precisava assiná-lo para que o acordo fosse válido.

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