Advogado de Trump promete se defender e colocar família e país em primeiro lugar
Michael Cohen, advogado pessoal de longa data do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu se defender e proteger sua família e seu país em primeiro lugar se Trump ou sua equipe legal tentarem desacreditá-lo.
Em uma entrevista à emissora ABC News veiculada nesta segunda-feira, Cohen indicou que vai cooperar com os procuradores que investigam seus negócios e com os inquéritos sobre a suposta interferência russa na eleição de 2016 nos EUA.
"Não serei um saco de pancadas como parte da estratégia de defesa de ninguém", disse Cohen, segundo a ABC, na entrevista feita no sábado. "Não sou o vilão nesta história e não permitirei que outros tentem me retratar desta maneira".
Cohen, que não foi acusado de nenhum crime, e seu advogado, Guy Petrillo, não responderam a pedidos de comentários da Reuters. A Casa Branca não respondeu de imediato a um pedido de comentário da Reuters sobre as declarações de Cohen.
Cohen tem demonstrado preocupação a respeito do fardo financeiro de sua defesa legal e se queixado por não ter recebido apoio suficiente de Trump, disse um amigo que conversou com Cohen no mês passado à Reuters sob condição de anonimato.
Alternadamente, Trump defendeu Cohen, expressou revolta com uma busca do FBI no escritório do advogado em abril e se distanciou do homem que chegou a dizer que se sacrificaria por ele.
Na entrevista à ABC, Cohen disse: "Minha esposa, minha filha e meu filho têm a minha lealdade absoluta e sempre terão. Coloco a família e o país em primeiro lugar".
O FBI apreendeu documentos e arquivos como parte de investigações de promotores federais em Nova York, em parte devido a um encaminhamento feito pelo escritório do procurador especial dos EUA que investiga um possível conluio entre assessores de campanha de Trump e a Rússia.
Moscou nega ter interferido na eleição dos EUA e Trump nega conspiração por parte sua campanha, descrevendo a investigação como uma caça às bruxas.
Os promotores estão investigando Cohen por possível fraude bancária e fiscal, possíveis violações da lei de campanha ligadas a um pagamento de 130 mil dólares à atriz de filmes adultos Stormy Daniels e outros assuntos relacionados à campanha de Trump, disse uma pessoa familiarizada com a investigação.