As convocações de protestos pela Irmandade Muçulmana do Egito não conseguiram se materializar nesta sexta-feira, depois da sangrenta repressão militar contra os seguidores do presidente deposto Mohamed Mursi.
Soldados e policiais tomaram medidas de segurança relativamente discretas antes das marchas da "sexta-feira dos mártires", que deveriam ter partido de 28 mesquitas na capital depois das orações de sexta-feira.
Mas as orações do meio-dia foram canceladas em algumas mesquitas e havia poucos indícios de que grandes manifestações no Cairo, apesar de testemunhas terem afirmado que ao menos 1 mil pessoas participaram de um protesto no bairro de Mohandiseen.
Não havia relatos de violência nesse local, mas a Irmandade postou em seu site que uma pessoa foi morta em confrontos com forças de segurança na cidade de Tanta, no delta do Nilo.
"Não temos medo; é a vitória ou a morte", disse Mohamed Abdel Azim, um engenheiro aposentado que estava entre as cerca de 100 pessoas que saíam lentamente de uma mesquita perto da Universidade do Cairo. "Eles pretendem atacar os muçulmanos", disse Azim. "Nós preferimos morrer com dignidade a viver na opressão. Continuaremos saindo até que não tenha sobrado ninguém", disse.
Alguns manifestantes carregavam pôsteres de Mursi, que foi derrubado pelo general Abdel Fattah al-Sisi, o chefe das forças armadas, em 3 de julho, depois de manifestações gigantescas contra seu governo. "Não ao golpe", gritavam.
O Egito vive a agitação civil mais sangrenta de sua história moderna desde 14 de agosto, quando a polícia destruiu acampamentos de manifestantes erguidos pelos partidários de Mursi no Cairo para exigir sua volta ao poder. A violência alarmou os aliados ocidentais do Egito, mas o presidente norte-americano, Barack Obama, reconheceu que mesmo a decisão de cortar a ajuda dos EUA para o Cairo poderia não influenciar seus líderes militares.
Alguns parlamentares americanos pediram a suspensão dos US$ 1,5 bilhão por ano em ajuda, na maior parte militar, ao Egito. "A ajuda sozinha pode não reverter o que o governo interino faz", disse Obama em uma entrevista para a CNN. "Mas acho que o que a maioria dos americanos diria é que temos que ser bem cautelosos em sermos vistos como cúmplices de ações que são contrárias aos nossos valores e nossos ideais", afirmou.
Ele disse que os Estados Unidos estavam reavaliando seus laços com o Egito. "Não há dúvida de que não podemos voltar aos negócios de sempre, dado o que aconteceu". Os Estados Unidos vinham promovendo uma aliança com o Egito desde que o país norte-africano assinou um tratado de paz com Israel em 1979. A cooperação militar inclui acesso norte-americano privilegiado ao Canal de Suez.
A Irmandade, acossada pelos novos governantes do Egito apoiados pelas Forças Armadas, pediu manifestações em todo o país contra a repressão, testando a resiliência de sua castigada base de apoio.
Algumas dezenas de islâmicos, a maioria mulheres, marcharam em um antigo bairro do Cairo. Algumas levavam bandeiras egípcias ou pôsteres de Mursi. Outras seguravam guarda-chuvas para se proteger do sol da tarde.
Questionada se tinha medo, uma professora de berçário coberta por véu com quatro crianças, que disse se chamar apenas Nasra, falou: "Deus nos tornará vitoriosos mesmo se muitos de nós forem feridos e mesmo se isso levar muito tempo. Se Deus quiser, Deus derrubará Sisi."
Na semana passada, o governo provisório empossado pelos militares declarou estado de emergência durante um mês, incluindo um toque de recolher noturno. A agência estatal de notícias Mena disse que as Forças Armadas reforçaram sua presença nos arredores do palácio presidencial e do Ministério da Defesa.
A Irmandade Muçulmana, que após décadas na clandestinidade venceu cinco eleições desde o levante popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak, em 2011, está agora praticamente proscrita. Vários de seus líderes estão presos, inclusive Mursi, e as autoridades se referem a seus partidários como terroristas.
Numa vitória simbólica para a velha ordem política, em que os militares davam as cartas, Mubarak deixou a prisão na quinta-feira. Depois de governar o Egito com mão-de-ferro durante 30 anos, ele havia sido preso durante a revolução de 2011, sob acusações de corrupção e homicídio.
14 de agosto - Policiais egípcios detêm manifestante pró-Mursi em meio à repressão contra mobilização de simpatizantes do presidente deposto; segundo os últimos dados disponíveis até o início da tarde desta quarta-feira, ao menos 149 pessoas haviam morrido e 1,4 mil ficado feridas durante a ação de repressão das forças de seguranças egípcias
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14 de agosto - Soldado das forças de segurança chuta manifestante pró-Mursi em meio aos confrontos com as forças de segurança perto de acampamentos da Universidade do Cairo, no distrito de Gizé
Foto: AP
14 de agosto - Manifestante pró-Mursi chora ao lado de mulher em meio aos confrontos com as forças de segurança perto de acampamentos da Universidade do Cairo, no distrito de Gizé
Foto: AP
14 de agosto - Manifestante pró-Mursi beija testa de amigo militante morto pelas forças de segurança egípcias em hospital improvisado em Rabaah Al-Adawiya
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14 de agosto - Egípcia tenta impedir o avanço de uma retroescavadeira para proteger um homem ferido durante os confrontos registrados em um acampamento próximo da mesquita Rabaa al-Adawiya, no Cairo
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14 de agosto - Manifestante ferido pede ajuda durante confronto gerado pela remoção de acampamento pró-Mursi na praça Al-Nahda
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14 de agosto - Simpatizante da Irmandade Muçulmanda e do presidente deposto Mohamed Mursi gesticula durante confronto com a polícia no Cairo
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14 de agosto - Mulher com um pedaço de pau nas mãoes conversa com policial em acampamento pró-Mursi
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14 de agosto - Manifestantes atiram viatura da polícia de ponte no Cairo em protesto contra a ação da polícia
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14 de agosto - Incêndio consome acampamento pró-Mursi na praça Al-Nahda
Foto: AFP
14 de agosto - Policial ferido recebe ajuda de colega durante confronto com seguidores de Mursi
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14 de agosto - Policial puxa mangueira durante tentativa de limpar área em que seguidores de Mursi estavam acampados
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14 de agosto - Manifestante grita palavras de ordem contra as autoridades militares na área de Mohandessin, no Cairo
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14 de agosto - Corpos de seguidores da Irmandade Muçulmana são vistos enfileirados em necrotério improvisado nos arredores mesquita Rabaa al-Adawiya
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14 de agosto - Mulher tenta parar o avanço de escavadeira durante confronto nas proximidades da mesquita Rabaa al-Adawiya, no Cairo
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14 de agosto - Seguidores de Mursi reagem ao avança de escavadeira do Exército egípcio sobre acampamento na praça Al-Nahda
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14 de agosto - Simpatizantes de Mursi fogem de gás lacrimogêneo disparado pela polícia durante ofensiva no Cairo
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14 de agosto - Manifestantes reunidos em acampamento na Cidade de Nasr, no Cairo, atiram pedras contra as forças de segurança
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14 de agosto - Manifestante ferido é ajudado por um companheiro, um policial e um fotógrafo
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14 de agosto - Policiais carregam colega ferido durante o confronto na Cidade Nasser, nos subúrbios do Cairo
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14 de agosto - Egípcios ajudam mulher afetada pelo gás lacrimogêneo durante a ofensiva contra o acampamento pró-Mursi no Cairo
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14 de agosto - Policial disparar tiro de gás lacrimogêneo contra manifestantes em praça de Giza
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14 de agosto - Manifestante carrega companheiro ferido nas proximidades da praça Rabaa al-Adawiya, no Cairo
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14 de agosto - Feridos e mortos durante a ofensiva são vistos no chão
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14 de agosto - Manifestante carrega cópias do Alcorão enquanto tenta escapar ileso de área atingida pela ofensiva policial
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14 de agosto - Manifestante joga galão d'água em fogo para tentar conter incêndio provocado pelos confrontos no Cairo
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14 de agosto - Mulher se atira no chão em frente a policiais em acampamento pró-Mursi em Giza
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14 de agosto - Manifestantes pró-Mursi buscam refúgio da fumaça e dos confrontos com as forças de segurança do Egito no Cairo
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14 de agosto - Policial conduz manifestantes pró-Mursi ferido durante a repressão da quarta-feira
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14 de agosto - Apoiadores de Mursi carregam manifestante ferido durante os protestos no Cairo
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14 de agosto - Manifestantes carregam feridos nos confrontos nos arredores da praça Rabaa
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14 de agosto - Homem ferido é carregado por manifestantes
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15 de agosto - Corpos são vistos em mesquita no distrito de Rabaa al-Adawiya, no Cairo
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15 de agosto - Homem é fotografado ao lado de carros destruídos durante a ofensiva contra acampamentos de seguidores de Mursi
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15 de agosto - Pessoas ajudam a carregar caixão de policial morto durante a ação de quarta-feira no Cairo
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15 de agosto - Militares fazem a proteção em frente à mesquita Rabaa al-Adawiya, no Cairo, um dia após o massacre
Foto: Reuters
15 de agosto - Policial militar caminha do lado de fora da mesquita Rabaa al-Adawiya, que foi queimada durante a ofensiva militar
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15 de agosto - Militares protegem área da mesquita Rabaa al-Adawiya
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15 de agosto - Homem remove tenda da mesquita Rabaa al-Adawiya
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15 de agosto - Escavadeira remove destroços deixados após a ofensiva contra o acampamento de seguidores da Irmandade Muçulmana
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15 de agosto - Corpos são enfileirados em mesquita do Cairo nesta quinta-feira
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15 de agosto - Mulher conversa ao telefone ao passar por área onde estava o acampamento muçulmano atacado as autoridades
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15 de agosto - Egípcio chora ao lado de corpos em mesquita no Cairo
Foto: AFP
15 de agosto - Moradores caminham pelo que restou da mesquita Rabaa al-Adawiya, no Cairo
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16 de agosto - Soldados egípcios guardam posição em cima e ao lado de veículos blindados em acesso à Praça Tahrir, no Cairo
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16 de agosto - Blindados cercam acesso da Praça Tahrir no Cairo
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16 de agosto - Manifestantes pró-Mursi protestam nas proximidades da mesquita Ennour, no Cairo
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16 de agosto - Mulheres participam de protestos contra as autoridades militares nas proximidades da mesquita Ennour, no Cairo
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16 de agosto - Soldado egípcio é visto dentro de tanque nos arredores da Praça Tahrir, no Cairo
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16 de agosto - Manifestantes retiram pedras do calçamento para jogar na polícia na praça Ramsés, no Cairo
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16 de agosto - Manifestantes carregam homem ferido durante os protestos em Gizé
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16 de agosto - Partidários de Mursi se reúnem em frente à mesquita al-Fatah, na praça Ramsés, no Cairo
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16 de agosto - Partidários da Irmandade Muçulmana marcham no Cairo
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16 de agosto - Manifestantes ajudam pessoas feridas durante os confrontos na praça Ramsés
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16 de agosto - Focos de incêndio foram registrados na praça Ramsés
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16 de agosto - Homem ferido é carregado por voluntários
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16 de agosto - Homem recebe ajuda depois de ser ferido nos confrontos
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16 de agosto - Suja de sangue, mulher grita em desespero dentro da mesquita
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16 de agosto - Homem fica desesperado ao ver corpos de parentes dentro da mesquita
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16 de agosto - Ferido recebe tratamento dentro de mesquita localizada na praça Ramsés
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17 de agosto - Policiais removem partidário da Irmandade Muçulmana na saída da mesquita al-Fath, no cento, no centro do Cairo. Centenas de muçulmanos se refugiaram dentro da mesquita na noite de sexta-feira para se proteger dos disparos das forças de segurança e dos ataques dos opositores do movimento
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17 de agosto - Partidário do presidente deposto Mohamed Mursi é escoltado ao deixar a mesquita
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17 de agosto - Partidários de Mursi e policiais são fotografados dentro da mesquita durante ação para evacuar o local
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17 de agosto - Opositor de Mursi e da Irmandade Muçulmana tenta furar bloqueio policial para pressionar o grupo que se escondeu na mesquita
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17 de agosto - Imagem mostra o lixo acumulado dentro da mesquita nesta manhã
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17 de agosto - Objetos do período faraônico são vistos no chão e em vidros quebrados dentro de museu de antiguidades na localidade de Minya, no Egito. O local foi vandalizado e saqueado na quinta e na sexta-feira
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17 de agosto - Objeto é visto destruído após o museu ser vandalizado
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17 de agosto - Sarcófago foi danificado na invasão do museu em Malawi
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17 de agosto - Cenário no museu é de destruição após o local ser saqueado
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17 de agosto - Vidros foram quebrados e obras históricas foram roubadas
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