África do Sul nega visto ao Dalai Lama para cúpula dos Nobel
O líder espiritual tibetano, prêmio Nobel da Paz 1989, é considerado um separatista perigoso por Pequim
A África do Sul negou novamente um visto ao Dalai Lama para comparecer à cúpula dos prêmios Nobel em outubro na Cidade do Cabo, informou nesta quinta-feira um porta-voz do chefe espiritual tibetano, mas o ministério das Relações Exteriores sul-africano desmentiu estas informações.
O governo sul-africano "me informou por telefone que não poderá conceder este visto porque prejudicaria as relações entre China e África do Sul", declarou Nangsa Choedon à AFP.
Mas o porta-voz do ministério das Relações Exteriores sul-africano, Clayson Monyela, negou no Twitter. "A embaixada na Índia recebeu um pedido de visto do dalai lama. O pedido está sendo tratado segundo o procedimento correspondente. Não foi rejeitado", tuitou.
O líder espiritual tibetano, prêmio Nobel da Paz 1989, é considerado um separatista perigoso por Pequim.
A África do Sul forma parte junto com a China do grupo dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China), integrado pelos países emergentes mais poderosos do planeta.
A 14ª edição da Conferência Mundial de Prêmios Nobel da Paz será realizada de 13 a 15 de outubro na Cidade do Cabo.
A China acusa o dalai lama de defender a independência do Tibete tem pressionado vários países para que neguem a entrada ao líder budista exilado na Índia.
A ministra dos Negócios Estrangeiros sul-africana, Maite Nkoana Mashabane, visita neste momento a China, o maior parceiro comercial da África do Sul.