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África

África do Sul realizará primeiras eleições sem Mandela, em 7 de maio

Há cinco anos no poder, o atual presidente da África do Sul é o preferido nas eleições, apesar de escândalos de corrupção e má gestão de seu partido

7 fev 2014 - 09h56
(atualizado às 10h01)
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<p>Candidato favorito, Zuma anunciou que as eleições acontecerão no 7 de maio</p>
Candidato favorito, Zuma anunciou que as eleições acontecerão no 7 de maio
Foto: Reuters

A África do Sul realizará no próximo dia 7 de maio suas primeiras eleições gerais sem o ex-presidente Nelson Mandela, que faleceu no dia 5 de dezembro, anunciou nesta sexta-feira o chefe do Estado do país, Jacob Zuma.

Após cinco anos no poder, o próprio Zuma é o favorito nas eleições, que ocorrerão no 20° aniversário da queda do regime segregacionista do Apartheid e da chegada da democracia multirracial.

Os analistas preveem uma importante queda do governamental Congresso Nacional Africano (CNA) de Zuma que, desde 1994, ganhou todas as eleições com mais de 60% dos votos.

Cidadãos apoiam Zuma para as próximas eleições. Desde 1994, ele tem preferência de 60% dos eleitores
Cidadãos apoiam Zuma para as próximas eleições. Desde 1994, ele tem preferência de 60% dos eleitores
Foto: Reuters

Os escândalos de corrupção e a má gestão são alguns dos fatores que explicam a crise de popularidade do CNA, partido ao qual pertenceu Mandela e que liderou a luta contra o "apartheid" e a transição à democracia. "Estamos muito orgulhosos da forma como seguimos os processos constitucionais e democráticos em nosso país. Realizamos eleições gerais sem falta a cada cinco anos, o que demonstra nossa maturidade democrática", assinalou o presidente.

Zuma lembrou que o prazo de registro dos cidadãos para votar termina nesta domingo, 9 de fevereiro, e encorajou a todos os sul-africanos, e especialmente aos jovens, a se inscrever e poder exercer assim seu direito ao sufrágio.

A África do Sul se aproxima das eleições no meio de um clima de tensão em muitos antigos guetos negros e zonas rurais deprimidas, onde a cada dia são registrados protestos violentos contra as autoridades pela deterioração dos serviços públicos.

Desde o início de 2014, pelo menos nove pessoas morreram nestes distúrbios.

EFE   
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