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África

Ataque de pastores muçulmanos deixa 105 mortos na Nigéria

O ataque aconteceu neste sábado; mais de cem motocicletas invadiram uma reunião especial, matando mais de 100 pessoas

7 abr 2014 - 12h06
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Casas incendiadas na vila Buni Gari na Nigéria 
Foto: Reuters

Pelo menos 105 pessoas morreram em uma aldeia do estado de Zamfara (norte da Nigéria) após um ataque cometido por pastores muçulmanos armados da etnia fulani, informou nesta segunda-feira a imprensa local.

O ataque ocorreu no sábado em Yar Galadima e, embora as primeiras informações tenham indicado 30 vítimas fatais, testemunhas citadas pelo jornal local "The Punch" afirmaram que o número aumentou para até pelo menos 105.

Os pastores armados, que vestiam uniforme militar e chegaram na aldeia em mais de 100 motocicletas, invadiram uma reunião especial de segurança dos vigilantes da comunidade.

"Os homens armados renderam os vigilantes. Usaram facas para massacrar alguns, enquanto atiravam contra outros", disse uma testemunha.

Segundo esta testemunha, mais de 100 corpos tinham sido recuperados, mas poderia haver mais na mata próximas à aldeia.

O ataque durou cerca de três horas e, segundo as testemunhas, não houve nenhuma resposta por parte da polícia nem de outros corpos das forças de segurança.

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O ataque ocorreu neste sábado em Yar Galadima. Testemunhas afirmaram que o número aumentou para até pelo menos 105
Foto: Reuters

Alguns dos mortos no ataque foram enterrados neste domingo em cerimônia presenciada pelo governador do Estado, Abdullaziz Yari.

Na sexta-feira passada, as autoridades do estado nigeriano de Nasarawa, no centro do país, acusaram o exército de matar 23 pessoas da etnia fulani, que assistiam a um funeral uma área do governo municipal da cidade de Keana.

A luta pela apropriação dos recursos naturais entre pastores muçulmanos e camponeses cristãos é uma das principais causas da violência na Nigéria, onde esta comunidades competem pelo pasto e água.

Com 170 milhões de moradores integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais populoso da África, sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, socioeconômicas, religiosas e territoriais.

EFE   
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