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África

Boko Haram coloca 4,5 milhões de nigerianos em risco de fome, segundo a ONU

23 ago 2016 - 11h16
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A violência do grupo terrorista Boko Haram elevou os níveis de insegurança alimentar no nordeste da Nigéria, onde 4,5 milhões de pessoas necessitam de ajuda para poder comer, informou nesta terça-feira a ONU.

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas, cuja sede fica em Roma, afirmou hoje em comunicado que o número de pessoas afetadas aumentou em mais de 1 milhão desde março, distribuídas entre os estados de Borno, Yobe e Adamawa.

Nessas três regiões, mais de 1,5 milhão de pessoas se viram obrigadas a fugir de suas casas, segundo dados da Organização Internacional de Migrações (OIM).

Estima-se que mais de 65 mil pessoas estão passando fome em zonas recentemente liberadas, mas que ainda estão inacessíveis, em Borno e Yobe.

De acordo com a última análise da situação na região, realizada em agosto por várias agências internacionais e autoridades nigerianas, uma piora na economia poderia fazer com que o número de pessoas que necessitam de ajuda alimentícia para sobreviver aumentasse em 1 milhão no próximo mês.

O diretor do PMA na África Ocidental, Abdou Dieng, relatou que os ataques do Boko Haram na Nigéria e nos vizinhos Chade, Camarões e Níger levaram a uma situação de emergência "extremamente grave".

Os preços dos alimentos subiram nas regiões assoladas pela violência na Nigéria, cuja economia, além disso, se encontra em recessão por causa da queda nos preços do petróleo.

Diante da dependência de ajuda externa nas cidades e da crescente inflação, alguns antigos deslocados decidiram voltar a seus lares, enquanto muitas outras famílias se viram forçadas a mendigar, se endividar e promover saques para sobreviver, segundo o relatório.

A Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO, sigla em inglês) destacou este mês que cerca de 385 mil pessoas necessitam de ajuda para produzir alimentos no nordeste da Nigéria depois que não puderam fazê-lo nos últimos três anos devido à instabilidade na região.

EFE   
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