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África

Boko Haram corta os pescoços de 12 pessoas na Nigéria

Ataque acontecei enquanto Exército tentava retirar civis da cidade de Gwoza

17 abr 2015 - 18h11
(atualizado em 18/4/2015 às 10h59)
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<p>Nigerianos lembram o primeiro ano do sequestro pelo Boko Haram de alunas de um vilarejo de Chibok, em Abuja, na Nigéria, nesta semana</p>
Nigerianos lembram o primeiro ano do sequestro pelo Boko Haram de alunas de um vilarejo de Chibok, em Abuja, na Nigéria, nesta semana
Foto: Afolabi Sotunde / Reuters

Militantes do Boko Haram cortaram as gargantas de 12 pessoas no nordeste da Nigéria, enquanto o Exército tentava retirar civis da região, disseram uma fonte militar e uma testemunha na sexta-feira.

O grupo islâmico tem sido expulso de grande parte da enorme faixa territorial que controlava no início do ano devido a uma operação orquestrada entre tropas de Nigéria, Chade, Níger e Camarões.

A cidade de Gwoza, que fica numa região montanhosa, foi um dos últimos lugares a serem retomados pelas forças de segurança, em 27 de março, e ainda restam alguns rincões de atividade do Boko Haram na área, disseram fontes de segurança.

"No momento em que tropas tentavam retirar alguns civis das colinas, para protegê-los de um plano de ataque aéreo, alguns integrantes do Boko Haram os atacaram e cortaram as gargantas de 12 pessoas", disse uma fonte militar, falando sobre um ataque realizado na quarta-feira.

Uma testemunha, Jonas Musa, disse à Reuters que seus pais estavam entre as vítimas. Ele contou que soldados tiraram um grupo de pessoas dos vales ao redor de Gwoza, mas antes que pudessem voltar para resgatar a segunda leva, os criminosos atacaram.

O fracasso em eliminar o Boko Haram ou proteger os civis foi uma das razões pelas quais o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, não conseguiu se reeleger em 28 de março, perdendo o pleito para Muhammadu Buhari.

O Boko Haram, que luta para estabelecer um Estado regido por leis islâmicas, já matou milhares de pessoas e sequestrou centenas ao longo de seis anos de insurgência na maior economia e principal produtor de petróleo da África.

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