Boko Haram corta os pescoços de 12 pessoas na Nigéria
Ataque acontecei enquanto Exército tentava retirar civis da cidade de Gwoza
Militantes do Boko Haram cortaram as gargantas de 12 pessoas no nordeste da Nigéria, enquanto o Exército tentava retirar civis da região, disseram uma fonte militar e uma testemunha na sexta-feira.
O grupo islâmico tem sido expulso de grande parte da enorme faixa territorial que controlava no início do ano devido a uma operação orquestrada entre tropas de Nigéria, Chade, Níger e Camarões.
A cidade de Gwoza, que fica numa região montanhosa, foi um dos últimos lugares a serem retomados pelas forças de segurança, em 27 de março, e ainda restam alguns rincões de atividade do Boko Haram na área, disseram fontes de segurança.
"No momento em que tropas tentavam retirar alguns civis das colinas, para protegê-los de um plano de ataque aéreo, alguns integrantes do Boko Haram os atacaram e cortaram as gargantas de 12 pessoas", disse uma fonte militar, falando sobre um ataque realizado na quarta-feira.
Uma testemunha, Jonas Musa, disse à Reuters que seus pais estavam entre as vítimas. Ele contou que soldados tiraram um grupo de pessoas dos vales ao redor de Gwoza, mas antes que pudessem voltar para resgatar a segunda leva, os criminosos atacaram.
O fracasso em eliminar o Boko Haram ou proteger os civis foi uma das razões pelas quais o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, não conseguiu se reeleger em 28 de março, perdendo o pleito para Muhammadu Buhari.
O Boko Haram, que luta para estabelecer um Estado regido por leis islâmicas, já matou milhares de pessoas e sequestrou centenas ao longo de seis anos de insurgência na maior economia e principal produtor de petróleo da África.