Bombardeio destrói parte de hospital no Sudão
Acusado, o Exército negou a responsabilidade pelo ataque e reiterou que seu alvo não é a população civil
O Exército sudanês destruiu parte de um hospital administrado por Médicos Sem Fronteiras durante um bombardeio a uma aldeia do estado de Kordofan-Sul, denunciou a ONG nesta terça-feira.
"Em 16 de junho bombas caíram sobre a cidade de Farandalla, e duas delas atingiram um hospital administrado por MSF", informou a ONG em um comunicado.
Cinco pessoas da aldeia e um funcionário do hospital ficaram feridas, segundo a organização.
"É um escândalo que um centro médico possa ser bombardeado, considerando que estava claramente identificado com uma bandeira e uma cruz no telhado", disse o chefe da missão do MSF, Brian Moller.
O Exército sudanês negou ter atacado o hospital e reiterou que seu objetivo não é a população civil, segundo seu porta-voz, Sawarmi Khaled Saad.
Esta é a segunda vez que as forças armadas são acusadas de bombardear um hospital.
O governo do Sudão combate há três anos os rebeldes de Kordofan-Sul e do Nilo Azul, dois estados que fazem fronteira com o Sudão do Sul. Estes rebeldes afirmam ser marginalizados pelo regime do presidente Omar el Bashir.