De todos os voluntários da equipe de ação da Cruz Vermelha egípcia (também chamada em alguns países de Crescente Vermelho) que habitualmente atuam nas ruas do Cairo, na quarta-feira só dez apareceram para trabalhar. E dos dez, apenas uma mulher: Salma Bahgat.
Era um dia complicado. Naquela madrugada as forças de segurança do Egito haviam começado a desmantelar os grandes acampamentos de apoiadores do presidente deposto Mohamed Mursi, criando um verdadeiro campo de batalha. Os voluntários são os encarregados de prestar os primeiros socorros aos feridos nos protestos, grupo cuja maioria é formada por profissionais da saúde, como médicos, dentistas e enfermeiros.
Salma é dentista e desde 2011 faz parte da equipe. A primeira regra para ela, como voluntária da Cruz Vermelha, é ser imparcial, podendo somente contar com sua experiência profissional, sem tomar partido de nenhum dos lados do conflito.
A socorrista viu muitas coisas durante a recente crise no Egito, o que ela contou em depoimento à BBC, sendo uma das poucas a presenciar os acontecimentos de quarta-feira. "(Em ocasiões anteriores) estivemos na praça Tahir ou na área (do bairro de) Mohamed Mahmud, onde havia muitos mortos e e feridos, porém nunca como o que vimos ontem (quarta)", relembra a socorrista, que está baseada no Cairo, em entrevista por telefone à BBC.
14 de agosto - Policiais egípcios detêm manifestante pró-Mursi em meio à repressão contra mobilização de simpatizantes do presidente deposto; segundo os últimos dados disponíveis até o início da tarde desta quarta-feira, ao menos 149 pessoas haviam morrido e 1,4 mil ficado feridas durante a ação de repressão das forças de seguranças egípcias
Foto: AP
14 de agosto - Soldado das forças de segurança chuta manifestante pró-Mursi em meio aos confrontos com as forças de segurança perto de acampamentos da Universidade do Cairo, no distrito de Gizé
Foto: AP
14 de agosto - Manifestante pró-Mursi chora ao lado de mulher em meio aos confrontos com as forças de segurança perto de acampamentos da Universidade do Cairo, no distrito de Gizé
Foto: AP
14 de agosto - Manifestante pró-Mursi beija testa de amigo militante morto pelas forças de segurança egípcias em hospital improvisado em Rabaah Al-Adawiya
Foto: AP
14 de agosto - Egípcia tenta impedir o avanço de uma retroescavadeira para proteger um homem ferido durante os confrontos registrados em um acampamento próximo da mesquita Rabaa al-Adawiya, no Cairo
Foto: AFP
14 de agosto - Manifestante ferido pede ajuda durante confronto gerado pela remoção de acampamento pró-Mursi na praça Al-Nahda
Foto: AFP
14 de agosto - Simpatizante da Irmandade Muçulmanda e do presidente deposto Mohamed Mursi gesticula durante confronto com a polícia no Cairo
Foto: AFP
14 de agosto - Mulher com um pedaço de pau nas mãoes conversa com policial em acampamento pró-Mursi
Foto: AP
14 de agosto - Manifestantes atiram viatura da polícia de ponte no Cairo em protesto contra a ação da polícia
Foto: AP
14 de agosto - Incêndio consome acampamento pró-Mursi na praça Al-Nahda
Foto: AFP
14 de agosto - Policial ferido recebe ajuda de colega durante confronto com seguidores de Mursi
Foto: AP
14 de agosto - Policial puxa mangueira durante tentativa de limpar área em que seguidores de Mursi estavam acampados
Foto: AP
14 de agosto - Manifestante grita palavras de ordem contra as autoridades militares na área de Mohandessin, no Cairo
Foto: AP
14 de agosto - Corpos de seguidores da Irmandade Muçulmana são vistos enfileirados em necrotério improvisado nos arredores mesquita Rabaa al-Adawiya
Foto: Reuters
14 de agosto - Mulher tenta parar o avanço de escavadeira durante confronto nas proximidades da mesquita Rabaa al-Adawiya, no Cairo
Foto: AFP
14 de agosto - Seguidores de Mursi reagem ao avança de escavadeira do Exército egípcio sobre acampamento na praça Al-Nahda
Foto: AFP
14 de agosto - Simpatizantes de Mursi fogem de gás lacrimogêneo disparado pela polícia durante ofensiva no Cairo
Foto: AFP
14 de agosto - Manifestantes reunidos em acampamento na Cidade de Nasr, no Cairo, atiram pedras contra as forças de segurança
Foto: AP
14 de agosto - Manifestante ferido é ajudado por um companheiro, um policial e um fotógrafo
Foto: AFP
14 de agosto - Policiais carregam colega ferido durante o confronto na Cidade Nasser, nos subúrbios do Cairo
Foto: AP
14 de agosto - Egípcios ajudam mulher afetada pelo gás lacrimogêneo durante a ofensiva contra o acampamento pró-Mursi no Cairo
Foto: AFP
14 de agosto - Policial disparar tiro de gás lacrimogêneo contra manifestantes em praça de Giza
Foto: Reuters
14 de agosto - Manifestante carrega companheiro ferido nas proximidades da praça Rabaa al-Adawiya, no Cairo
Foto: AFP
14 de agosto - Feridos e mortos durante a ofensiva são vistos no chão
Foto: AP
14 de agosto - Manifestante carrega cópias do Alcorão enquanto tenta escapar ileso de área atingida pela ofensiva policial
Foto: AP
14 de agosto - Manifestante joga galão d'água em fogo para tentar conter incêndio provocado pelos confrontos no Cairo
Foto: AFP
14 de agosto - Mulher se atira no chão em frente a policiais em acampamento pró-Mursi em Giza
Foto: AP
14 de agosto - Manifestantes pró-Mursi buscam refúgio da fumaça e dos confrontos com as forças de segurança do Egito no Cairo
Foto: AP
14 de agosto - Policial conduz manifestantes pró-Mursi ferido durante a repressão da quarta-feira
Foto: AP
14 de agosto - Apoiadores de Mursi carregam manifestante ferido durante os protestos no Cairo
Foto: Reuters
14 de agosto - Manifestantes carregam feridos nos confrontos nos arredores da praça Rabaa
Foto: Reuters
14 de agosto - Homem ferido é carregado por manifestantes
Foto: Reuters
15 de agosto - Corpos são vistos em mesquita no distrito de Rabaa al-Adawiya, no Cairo
Foto: AFP
15 de agosto - Homem é fotografado ao lado de carros destruídos durante a ofensiva contra acampamentos de seguidores de Mursi
Foto: AFP
15 de agosto - Pessoas ajudam a carregar caixão de policial morto durante a ação de quarta-feira no Cairo
Foto: Reuters
15 de agosto - Militares fazem a proteção em frente à mesquita Rabaa al-Adawiya, no Cairo, um dia após o massacre
Foto: Reuters
15 de agosto - Policial militar caminha do lado de fora da mesquita Rabaa al-Adawiya, que foi queimada durante a ofensiva militar
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15 de agosto - Militares protegem área da mesquita Rabaa al-Adawiya
Foto: AP
15 de agosto - Homem remove tenda da mesquita Rabaa al-Adawiya
Foto: Reuters
15 de agosto - Escavadeira remove destroços deixados após a ofensiva contra o acampamento de seguidores da Irmandade Muçulmana
Foto: Reuters
15 de agosto - Corpos são enfileirados em mesquita do Cairo nesta quinta-feira
Foto: AFP
15 de agosto - Mulher conversa ao telefone ao passar por área onde estava o acampamento muçulmano atacado as autoridades
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15 de agosto - Egípcio chora ao lado de corpos em mesquita no Cairo
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15 de agosto - Moradores caminham pelo que restou da mesquita Rabaa al-Adawiya, no Cairo
Foto: AFP
16 de agosto - Soldados egípcios guardam posição em cima e ao lado de veículos blindados em acesso à Praça Tahrir, no Cairo
Foto: AP
16 de agosto - Blindados cercam acesso da Praça Tahrir no Cairo
Foto: AP
16 de agosto - Manifestantes pró-Mursi protestam nas proximidades da mesquita Ennour, no Cairo
Foto: Reuters
16 de agosto - Mulheres participam de protestos contra as autoridades militares nas proximidades da mesquita Ennour, no Cairo
Foto: Reuters
16 de agosto - Soldado egípcio é visto dentro de tanque nos arredores da Praça Tahrir, no Cairo
Foto: AP
16 de agosto - Manifestantes retiram pedras do calçamento para jogar na polícia na praça Ramsés, no Cairo
Foto: AFP
16 de agosto - Manifestantes carregam homem ferido durante os protestos em Gizé
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16 de agosto - Partidários de Mursi se reúnem em frente à mesquita al-Fatah, na praça Ramsés, no Cairo
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16 de agosto - Partidários da Irmandade Muçulmana marcham no Cairo
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16 de agosto - Manifestantes ajudam pessoas feridas durante os confrontos na praça Ramsés
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16 de agosto - Focos de incêndio foram registrados na praça Ramsés
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16 de agosto - Homem ferido é carregado por voluntários
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16 de agosto - Homem recebe ajuda depois de ser ferido nos confrontos
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16 de agosto - Suja de sangue, mulher grita em desespero dentro da mesquita
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16 de agosto - Homem fica desesperado ao ver corpos de parentes dentro da mesquita
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16 de agosto - Ferido recebe tratamento dentro de mesquita localizada na praça Ramsés
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17 de agosto - Policiais removem partidário da Irmandade Muçulmana na saída da mesquita al-Fath, no cento, no centro do Cairo. Centenas de muçulmanos se refugiaram dentro da mesquita na noite de sexta-feira para se proteger dos disparos das forças de segurança e dos ataques dos opositores do movimento
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17 de agosto - Partidário do presidente deposto Mohamed Mursi é escoltado ao deixar a mesquita
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17 de agosto - Partidários de Mursi e policiais são fotografados dentro da mesquita durante ação para evacuar o local
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17 de agosto - Opositor de Mursi e da Irmandade Muçulmana tenta furar bloqueio policial para pressionar o grupo que se escondeu na mesquita
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17 de agosto - Imagem mostra o lixo acumulado dentro da mesquita nesta manhã
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17 de agosto - Objetos do período faraônico são vistos no chão e em vidros quebrados dentro de museu de antiguidades na localidade de Minya, no Egito. O local foi vandalizado e saqueado na quinta e na sexta-feira
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17 de agosto - Objeto é visto destruído após o museu ser vandalizado
Foto: AP
17 de agosto - Sarcófago foi danificado na invasão do museu em Malawi
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17 de agosto - Cenário no museu é de destruição após o local ser saqueado
Foto: AP
17 de agosto - Vidros foram quebrados e obras históricas foram roubadas
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Cenário de guerra
"Tínhamos pacientes a cada minuto. Explodiam bombas e se ouviam disparos. Tivemos que sair dali (da rua) e nos deslocarmos par um local mais seguro. Abriram uma escola para que pudéssemos atender. De imediato cada um de nós começou a atender a cinco ou seis feridos de uma vez".
Os dez voluntários que chegaram se dividiram em dois grupos. A eles coube a tarefa de trabalhar na área da mesquita de Rabaa al-Adawiya, local onde havia um dos alojamentos desmantelados pelas forças de segurança e que se tornou foco dos mais violento enfrentamento. Chegaram às 13h (hora local) em Rabaa al-Adawiya e mantiveram-se, desde então, nas ruas.
Daí em diante a situação somente se deteriorou. "O ambiente era completamente desumano, havia cadáveres por todas as partes", conta a voluntária. Em apenas duas horas que ficaram na escola, Bahgat calcula que atendeu em torno de 100 pessoas, todos homens adultos, a maioria entre 20 e 30 anos.
A retirada dos apoiadores do presidente deposto Mursi na quarta-feira deixou mais de 600 mortos e milhares de feridos.
"O mais terrível é não ser capaz de ajudar as pessoas, quando se é inútil. E ontem (quarta-feira) foi o pior dia de que me lembro. As ambulâncias não podiam chegar onde estávamos e os doentes não podiam ser levados ao hospital", contou Salma. Ela confirmou quatro mortes durante o atendimento.
"Eu estava fazendo respiração cardiopulmonar numa vítima, porém no final tinha que (parar) e decidir salvar outras pessoas. Como socorrista você tem prioridades e em casos como este escolhemos os que têm possibilidades de sobreviver", explica.
Depois de passadas duas horas de atendimento na escola, o grupo voltou às ruas para atender os feridos por outras quatro horas. Pouco antes das 18h (hora local) o governo egípcio decretou estado de emergência.
"Se pensasse demais, não estaria aqui"
Dentre os feridos que atendeu, um em especial ficou gravado na memória de Salma: um rapaz de aparentemente 25 anos, com o ombro destruído por um disparo.
"Era um médico que tinha ido ali somente para ajudar a gente e terminou ferido. Não queria ir ao hospital, queria ir ver sua esposa. Nós, como membros da Cruz Vermelha, não podemos levar os pacientes para suas casas, assim tivemos que pedir a outras pessoas que o fizessem", relembra a socorrista.
Tal como seu colega, Bahgat está exposta constantemente ao risco de receber um disparo perdido em meio aos enfrentamentos entre manifestantes e a polícia egípcia. "Estou totalmente consciente, mas não penso muito nisso. Se pensasse demais, não estaria aqui."
No entanto ela está. A dentista de 29 anos segue ajudando as pessoas nas ruas, assim como quando entrou para o time de voluntários, em 2011.
14 de agosto - Policiais egípcios detêm manifestante pró-Mursi em meio à repressão contra mobilização de simpatizantes do presidente deposto; segundo os últimos dados disponíveis até o início da tarde desta quarta-feira, ao menos 149 pessoas haviam morrido e 1,4 mil ficado feridas durante a ação de repressão das forças de seguranças egípcias
Foto: AP
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Foto: AP
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Foto: Reuters
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15 de agosto - Corpos são vistos em mesquita no distrito de Rabaa al-Adawiya, no Cairo
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15 de agosto - Militares protegem área da mesquita Rabaa al-Adawiya
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16 de agosto - Soldados egípcios guardam posição em cima e ao lado de veículos blindados em acesso à Praça Tahrir, no Cairo
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16 de agosto - Soldado egípcio é visto dentro de tanque nos arredores da Praça Tahrir, no Cairo
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16 de agosto - Manifestantes retiram pedras do calçamento para jogar na polícia na praça Ramsés, no Cairo
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16 de agosto - Manifestantes carregam homem ferido durante os protestos em Gizé
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16 de agosto - Partidários de Mursi se reúnem em frente à mesquita al-Fatah, na praça Ramsés, no Cairo
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16 de agosto - Partidários da Irmandade Muçulmana marcham no Cairo
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16 de agosto - Manifestantes ajudam pessoas feridas durante os confrontos na praça Ramsés
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16 de agosto - Focos de incêndio foram registrados na praça Ramsés
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16 de agosto - Homem ferido é carregado por voluntários
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16 de agosto - Homem recebe ajuda depois de ser ferido nos confrontos
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16 de agosto - Suja de sangue, mulher grita em desespero dentro da mesquita
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16 de agosto - Homem fica desesperado ao ver corpos de parentes dentro da mesquita
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16 de agosto - Ferido recebe tratamento dentro de mesquita localizada na praça Ramsés
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17 de agosto - Policiais removem partidário da Irmandade Muçulmana na saída da mesquita al-Fath, no cento, no centro do Cairo. Centenas de muçulmanos se refugiaram dentro da mesquita na noite de sexta-feira para se proteger dos disparos das forças de segurança e dos ataques dos opositores do movimento
Foto: AP
17 de agosto - Partidário do presidente deposto Mohamed Mursi é escoltado ao deixar a mesquita
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17 de agosto - Opositor de Mursi e da Irmandade Muçulmana tenta furar bloqueio policial para pressionar o grupo que se escondeu na mesquita
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17 de agosto - Imagem mostra o lixo acumulado dentro da mesquita nesta manhã
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17 de agosto - Objetos do período faraônico são vistos no chão e em vidros quebrados dentro de museu de antiguidades na localidade de Minya, no Egito. O local foi vandalizado e saqueado na quinta e na sexta-feira
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17 de agosto - Objeto é visto destruído após o museu ser vandalizado
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17 de agosto - Sarcófago foi danificado na invasão do museu em Malawi
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17 de agosto - Cenário no museu é de destruição após o local ser saqueado
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17 de agosto - Vidros foram quebrados e obras históricas foram roubadas