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África

Egito: islamitas atacam delegacias, prédios e igrejas após massacre

14 ago 2013 - 10h07
(atualizado às 10h32)
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Manifestantes atiram viatura da polícia de ponte no Cairo em protesto contra a ação da polícia
Manifestantes atiram viatura da polícia de ponte no Cairo em protesto contra a ação da polícia
Foto: AP

Membros da Irmandade Muçulmana atacaram nesta quarta-feira várias delegacias e prédios governamentais em diversas províncias do país, em protesto contra o ataque policial a seus acampamentos no Cairo, informou a imprensa oficial. As autoridades também afirmam que igrejas coptas - minoria cristã do país - foram atacadas no sul do país. 

Segundo fontes oficiais, os islamitas entraram na delegacia do Uarrá no distrito de Imbaba, onde atearam fogo, libertaram os presos e detêm o oficial de polícia no comando. Em Beheira, os manifestantes partidários do deposto presidente Mohammed Mursi destruíram o edifício do governo provincial; enquanto, em Garbiya (norte), tentaram entrar em outra delegacia e na sede do governo. Em Fayum, ao sul do Cairo, os seguidores de Mursi entraram em outra sede policial, na qual causaram um incêndio.

Prevendo mais ataques, a polícia na província de Al Qaliubiya, ao norte da capital, começou a transferir os presos das delegacias para prisões.

Além disso, várias igrejas coptas foram atacadas nesta quarta-feira no sul do Egito. As informações sobre a autoria dos ataques ainda são confusas, já que os meios de comunicação estatais acusam os seguidores do deposto presidente Mohammed Mursi, enquanto a Irmandade Muçulmana nega envolvimento de seus seguidores nestas ações.

A agência de notícias estatal Mena disse que os partidários de Mursi lançaram coquetéis molotov contra a igreja de Mar Mina, na cidade de Miniya, no sul do país, o que causou o incêndio do centro médico e da farmácia do templo. Segundo a agência, islamitas também invadiram as igrejas de Nossa Senhora e de São Paulo, na cidade de Al Moaz, na província de Miniya, onde teriam disparado indiscriminadamente contra a população. Anteriormente, Mena tinha informado que os simpatizantes de Mursi tinham queimado uma igreja em Sohag, também no sul.

Em seu site, a Irmandade Muçulmana, grupo ao qual Mursi pertenceu até chegar à presidência, negou que seus seguidores tenham atacado igrejas e atribuiu a responsabilidade destas ações a grupos de pistoleiros ("baltaguiya").

Os ataques aconteceram depois que as forças da ordem iniciaram nesta manhã uma operação policial para desmantelar os acampamentos dos simpatizantes de Mursi nas praças de Rabaa al-Adawiya, no Cairo e de Al-Nahda, em Giza. O Ministério da Saúde do Egito confirmou que 56 pessoas morreram e 526 ficaram feridas ao redor do país em confrontos após a operação policial. No entanto, há informações conflitantes sobre o número de mortos, que pode ser muito maior. 

<a data-cke-saved-href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/egito-tharir/iframe.htm" href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/egito-tharir/iframe.htm">veja o infográfico</a>
EFE   
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